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Agora adversários, PPS e PSDB mantém filiados no governo do PMDB

Azambuja não estranha saída e Athayde acha que a retirada seria deselegante

Reinaldo Azambuja (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Athayde Nery (PPS), quando o grupo pensava em lançar propostas uniformes para Campo Grande -
Reinaldo Azambuja (PSDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Athayde Nery (PPS), quando o grupo pensava em lançar propostas uniformes para Campo Grande -

Embora tenha retirado os secretários da prefeitura, o PPS e o PSDB, adversários do PMDB nas eleições, ainda tem filiados na Prefeitura de Campo Grande e no Governo do Estado, onde, a exemplo, o PSDB ocupa a secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, com Tereza Cristina, e o PPS tem a Fundesporte (Fundação do Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), com Flávio Britto.

O presidente estadual do PSDB e pré-candidato a Prefeitura de Campo Grande, deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou ao Campo Grande News que praticamente todos os cargos foram entregues e confidenciou que nesta semana mesmo algumas pessoas deixaram os cargos na Prefeitura.

Azambuja faz questão de dizer que o Poder Executivo é responsável pelas indicações. Desta maneira, afirma que não estranha o fato da prefeitura pedir os cargos. Ele alega que quando o partido optou, por unanimidade, por candidatura própria, todos tinham consciência de que isso teria reflexo na relação com a Prefeitura e com o Governo do Estado.

“O partido sabia das consequências quando tomou a decisão. As trocas estão sendo feitas por pessoas que têm algum comprometimento com o PMDB”. O PSDB deixou a Fundação Municipal de Esporte, dirigida por Carlos Alberto de Assis, e a secretaria de Educação, administrada por Maria Cecília Amêndola.

O presidente estadual do PPS, vereador Athayde Nery, alega que a relação entre a prefeitura e o partido era simbolizada pelos diretores da Fundac (Fundação Municipal de Cultura), Roberto Figueiredo, e da Fundação Social do Trabalho, Luiza Ribeiro. Assim, afirma que quando administrou a Fundac, encontrou cargos que não eram de sua alçada e que não foram mudados.

“Não é a administração do partido. É uma indicação técnica e não necessariamente partidária. Não pode agir por irresponsabilidade”, explicou. No entendimento de Athayde, seria até deselegante retirar todo mundo.

No último sábado (28), durante encontro do PMDB em Campo Grande, o governador André Puccinelli (PMDB), líder do partido no Estado, declarou que cobrará lealdade de aliados com cargo de confiança, lembrando que “os cargos são de confiança e não de desconfiança”. Neste sentido, Puccinelli informou que pedirá aos indicados que trabalhem pelo candidato do PMDB em Campo Grande, deputado federal Edson Giroto.