Companheiros que antes apoiavam o governo Zeca do PT, emprestando decisivas ações de aprovação de projetos oriundos do governo do Estado, na gestão do petista, agora preferem não se manifestar a propósito do pleito do ex-governador ao Senado, nas próximas eleições. Os deputados estaduais Londres Machado, Antônio Carlos Arroyo, Paulo Côrrea e Antônio Braga compartilham a mesma postura quando o assunto é eleição para o governo em 2010.
No passado, foram os maiores defensores políticos de Zeca do PT, no presente integram a base de sustentação do governador André Puccinelli (PMDB), e sobre o futuro preferem não opinar numa eventual disputa dos tradicionais rivais políticos.
Na hora de tomar partido, todos ficam em cima do muro. “Está muito longe. É um desserviço que vamos prestar, tratando de eleições neste momento de crise. Não é hora de escolher nem candidato nem coligação”, argumenta Londres Machado, presidente regional do PR. Contudo, reconhece que em política “tudo é possível”.
Em entrevistas, Zeca do PT já afirmou que o PR e o PDT estariam descontentes com Pucinelli e dipostos a reeditar a parceria, apoios considerados fundamentais e já certos pelo ex-governador para a disputa daqui dois anos.
Também do PR, Antônio Carlos Arroyo acredita que a eleição de 2010 comece a ser discutida somente a partir do segundo semestre.
“Vai depender do cenário. Talvez o André tenha o apoio do PT e apóie a Dilma [Roussef]”, analisa. O partido de Arroyo indicou os titulares da Fundação Estadual de Esporte, a MS Gás e a secretaria-adjunta de Saúde do governo Puccinelli.
Há dias, o governador declarou que o presidente Lula pediu que PT e PMDB, que são aliados em âmbito nacional, façam aliança também em Mato Grosso do Sul.
Já Paulo Côrrea (PR) se abstém de comentar o quadro. “O PR tem uma linha de procedimentos. Sou presidente do diretório municipal. Assunto do Estado é tratado com o Londres Machado”.
3