As eleições 2010 e a costura de alianças político-partidárias fizeram parte das discussões da tarde de ontem (23), na sede do Diretório Regional do PMDB, na Capital. “Hoje não vai ter decisão sobre aliança. Muita água vai passar debaixo da ponte até o final do ano”, avaliava, antecipadamente, o senador Valter Pereira, para quem a eleição de um preferido agora – entre PT e PSDB – pode contrariar o PMDB nacional, quando a Executiva emitir sua decisão sobre a eleição do ano que vem.
Valter avalia que o PMDB nacional pode escolher entre três caminhos: lançar candidato a presidente, verticalizar as alianças – repetindo nos Estados a mesma coligação para a disputa à presidência – ou ainda liberar os Estados para se aliarem aos partidos que desejarem.
Outras importantes lideranças, como o governador André Puccinelli participaram do encontro, classificado como reunião de tema livre. Porém, de manhã, durante um mesmo evento em Campo Grande, as declarações do governador e do presidente regional do PMDB, deputado federal Waldemir Moka, motivaram discordâncias de opiniões.
O deputado Moka comentou as declarações do ex-presidente nacional do DEM, Jorge Bornhausen à imprensa nacional, de que o PMDB de MS já teria fechado com o PSDB para o próximo ano. Afirmando que o partido não tem qualquer decisão tomada sobre o assunto ainda, Moka adiantou: “se vocês querem saber a tendência no partido hoje, é sim esta que ele [Bornhausen] mencionou”.
ANDRÉ
O governador, que já pediu que Dilma lhe proponha “casamento” (político), se limitou a dizer que o partido chegará unido a 2010. “Vamos ter reunião de partido para dizer a preferência una. Eu sou santista, você é corintiano, o outro são-paulino, depois todo mundo junto torce para a Seleção Brasileira”.
Quando soube da declaração de Moka, sobre a tendência tucana no partido se limitou a dizer que o dirigente estava, na verdade, expondo a opinião dele. “Ele tem a opinião dele e eu tenho a minha opinião. Vamos ter uma reunião da Executiva para discutir isso”, resumiu André.
Depois, no final da tarde, mandou recado aos jornalistas que só comentará sobre política em abril do ano que vem.