Amanhã, 30 de outubro de 2022, voltaremos às urnas, em segundo turno, para através de escolha livre e democrática escolhermos entre dois candidatos, os que irão dirigir os destinos do nosso país e do nosso Estado nos próximos quatro anos a partir de primeiro de janeiro de 2023.
No âmbito da República a disputa ficou polarizada entre Bolsonaro e Lula desde quando foram iniciados os debates destas eleições. Os níveis da campanha foram baixos, porque se afastou através das redes sociais a discussão de propostas que implicam na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, no desenvolvimento das regiões brasileiras, assim como no desempenho da nossa economia e demais setores da administração pública, os quais afetam diretamente a vida de todos os brasileiros. Em detrimento de um debate saudável, registrou-se uma saraivada de torpezas. E, mais por pressão da sociedade do que por vontade dos candidatos que estão no segundo turno, ouvimos algumas propostas de governo porque a sociedade deu mostras de que queria ouvir efetivamente programas de governo.
A asquerosa guerra de ofensas tanto em debates como nas redes sociais atropelaram os eleitores que esperavam ouvir um discurso maduro e saudável que oferecesse soluções para as questões intrincadas, as quais precisam ser removidas para destravar o desenvolvimento e aumentar os índices do produto interno e a consequente distribuição de riquezas, além do bem estar dos cidadãos. Seja qual for o resultado, espera-se que o país se reconcilie. É preciso restabelecer entre os diferentes o respeito às ideias, seja sobre conceitos, pensamentos doutrinários e até mesmo acerca de uma simples opinião.
O conjunto da liberdade de pensamento não pode ser demonizado porque um interlocutor que externado com a posição ou entendimento pessoal daquele que defende um pensamento não aceita a opinião do outro, mesmo que entre os circunstantes, haja um parcela minoritária da tese defendida. Mais do que nunca, a sociedade brasileira precisa restabelecer o clima de paz e concórdia para uma convivência saudável. Ninguém é dono da verdade e nem é preciso que aquele que discorde seja obrigado a aceitar o ponto de vista, mesmo que seja de uma maioria conservadora ou de pensamento considerado mais a esquerda ou direita no mundo da doutrina política.
O entendimento de quem quer que seja, sobre a distribuição da riqueza, o incentivo e ampliação das conquistas materiais e sociais que ainda precisam ser alcançadas, deve ser respeitado entre uns e outros. Esta é a regra de uma sociedade civilizada. Considerando-se as diferenças sociais, seja qual for o nível da gradação econômica de cada um, há de se impor o respeito ao credo, raça e cor, uma vez que é lei natural reconhecer que todos somos iguais. E tanto é, que somos, pois amanhã quando formos votar nenhuma distinção será feita e o direito de escolha será tanto quanto igual a de qualquer outro eleitor. Então, vamos votar e seja qual for escolhido, que o nosso país reencontre a concórdia, o entendimento para o bem de nós próprios, os seus filhos.