A Fibria vai investir R$ 3,6 bilhões em sua nova linha de produção no complexo de celulose e papel em Três Lagoas. Os investimentos foram confirmados de manhã na sala de reuniões do gabinete do governador André Puccinelli (PMDB), durante a entrega da licença ambiental para ampliação do conglomerado.
A implantação da segunda linha industrial vai elevar a capacidade de produção de celulose de 1,3 milhão de toneladas para 3,05 milhões de toneladas/ano, segundo o diretor Industrial, de Engenharia e Suprimentos da Fibria, Francisco Fernandes Campos Valerio.
A informação que mais chamou a atenção é a previsão de postos de trabalho a serem criados. De acordo com os executivos da empresa, cerca de 3 mil trabalhadores devem ser recrutados para as obras civis, número que pode chegar a sete mil no pico da construção. Além dos 7 mil operários, a partir do início das operações, devem ser gerados 3 mil novos empregos nas áreas industrial e florestal, incluindo terceirizados.
Diretores da Fibria foram recebidos pelo governador André Puccinelli junto com o secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Carlos Said Negreiros de Menezes, a secretária de Produção, Tereza Cristina, a vice-governadora Simone Tebet, e a prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura.
Além de Francisco Valerio, se reuniram com o governador o gerente geral de Meio Ambiente Industrial da empresa, Umberto Caldeira Cinque, que expôs o plano de sustentabilidade, e o gerente geral da fábrica em Três Lagoas, Renato Bastos Ottoni.
A expansão da Fibria em Três Lagoas começa no segundo semestre de 2012 com previsão de ser concluída em 2014. “Em 2014 queremos estar produzindo, embora isso ainda dependerá do comportamento da economia mundial. Temos três projetos, um ainda está no plano da engenharia, porque o mercado pode não absorver nosso crescimento”, diz Francisco Valerio.
De acordo com o executivo, a Fibria cresce 2,5% ao ano. “Já temos tudo para começar – base florestal, engenharia e agora a licença ambiental”, disse, notando que para esse projeto a Fibria já dispõe de 25 mil hectares de florestas formadas. A demanda do conglomerado é de 6 milhões de metros cúbicos de madeira por ano, para atender à produção de 1,75 milhão de toneladas de celulose.