Dos 200 relógios medidores de consumo de energia elétrica que serão levados para análise da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, montada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, 129 já foram coletados e estão prontos para serem enviados à instituição.
Contudo, há um problema: o pagamento. Apesar do valor tido como baixo para os padrões de gastos da Casa, R$ 72 mil, ele ainda não foi feito e, assim, os materiais ainda não podem ir para a análise técnica a ser feita no Estado de São Paulo.
A CPI não sabe para quando existe tal previsão de pagamento, que deve ser feito diretamente pela Assembleia Legislativa. O ordenador de gastos da Casa é o primeiro secretário da mesa diretora, deputado estadual Zé Teixeira (PSDB). Ele foi procurado pela reportagem, mas não houve êxito no contato para comentar a situação.
Iniciada antes da pandemia de covid-19, a CPI foi interrompida e retomada agora com o quadro mais controlado da doença. Encabeçada pelo deputado estadual Felipe Orro (PSD), a equipe de trabalho fez nessa tarde de terça o sorteio das unidades faltantes para completar os 200 aparelhos que serão analisados pela Politécnica da USP.
Em um grupo de 300 unidades consumidores, 71 foram sorteadas para fechar as 200 necessárias. O sorteio já tinha sido feito antes da pandemia, mas com o decorrer do tempo houve mudanças de moradores de muitas residências, que ficaram vazias.
"Nos deparamos com imóveis desocupados ou que tiveram novos moradores que não autorizaram a extração dos aparelhos medidores, sendo necessária a realização de um novo sorteio para que possamos remover os 71 aparelhos restantes", explica Orro.
Além do novo sorteio, a CPI também deliberou que o quantitativo de 129 relógios já disponível para perícia poderá ser encaminhado para a USP assim que o pagamento pelo serviço for efetuado. A remoção dos 71 relógios será executada a partir de segunda-feira (16).