Durante evento na Associação Comercial nesta manhã, em Campo Grande, o governador André Puccinelli (PMDB) não garantiu reajuste aos servidores estaduais, mas afirmou que, caso ocorra, o índice deve ficar entre 2 e 4%.
Puccinelli considerou ser difícil repor o índice de inflação, o IPCA-E, que é de pouco mais de 6%. “Se conseguir (reajuste), nem chega à inflação”, explica. O projeto de reajuste, antes previsto para chegar à Assembleia Legislativa até o fim do mês, deve chegar aos deputados até a segunda semana de maio.
André diz que a reunião com os policiais militares, que ocorre hoje, para discutir a reivindicação de reajuste da categoria, era a “última que faltava”.
O governador garantiu que, após o encontro com os PMs, começa a “fazer as contas” para verificar qual será o impacto de um possível reajuste na folha de pagamento do estado, que gira em torno de R$ 200 milhões. “Aí veremos o que pode ser feito”, comentou.
O chefe do Executivo Estadual voltou a argumentar que o reajuste ficou mais difícil depois das perdas na safra em Mato Grosso do Sul, ocasionadas pelas chuvas. Além disso, conforme Puccinelli, o tesouro nacional informou que o governo “não tem número para dar reajuste”.
Sobre a reunião com os militares nesta sexta-feira, André destacou as ações de sua administração com a categoria desde seu primeiro mandado. Afirmou que assumiu o Estado com soldados, em duas categorias, uma ganhando R$ 973 e outra R$ 1,2 mil. Posteriormente, explica, os soldados passaram a receber, de forma uniforme, R$ 1,8 mil.
“O salário melhorou muito e as viaturas têm 20 litros por dia para rodar”, pontuou, constatando que a PM tinha problemas de combustíveis para fazer o policiamento.
Além disso, garantiu que os servidores do Estado ganharam, no acumulado de quatro anos, mais que a inflação.