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André garante que programa de eficiência energética continua para baixa renda

Com a decisão, os recursos que a concessionária de energia deve obrigatoriamente aplicar em programa de uso racional

A escolha de destinar os recursos do Programa de Eficiência Energética em Mato Grosso do Sul para a população de baixa renda está garantida durante toda a administração do atual governador. André Puccinelli, que abdicou de aplicar os recursos nos órgãos públicos em benefício de moradores de bairros mais carentes da Capital e do Interior, assegurou hoje (8) que o valor equivalente a 0,5% da receita anual da concessionária continuará proporcionando bens e serviços que garantam economia e melhores condições de vida aos consumidores que mais precisam.

“Enquanto eu for governador, esse programa vai ser do povo”, anunciou, durante a distribuição dos refrigeradores a 350 famílias do Jardim Noroeste, em Campo Grande. André explicou que o governo estadual tem participação direta na definição do atendimento aos consumidores residenciais de menor renda, e participa indiretamente do investimento ao abrir mão de receber nos órgãos públicos os investimentos em eficiência. 

Com a decisão, os recursos que a concessionária de energia deve obrigatoriamente aplicar em programa de uso racional, são direcionados para o cidadão. Em Mato Grosso do Sul, essa iniciativa está proporcionando uma ação inédita de troca gratuita de instalações precária, de lâmpadas que consomem demais, e de geladeiras velhas, que não refrigeram adequadamente e são vilãs da fatura todo mês.

“Antes, o governo reformava os espaços dele. Na nossa administração preferimos entregar as geladeiras. Isso é eficiência. E essa população é a que mais precisa economizar; porque se gastar muito, não tem condição de pagar a conta depois”, ressaltou Puccinelli.

No Jardim Noroeste, 500 residências estão ganhando novas instalações. Somente em lâmpadas, a troca chega a 2.500. Entre os beneficiados, 350 tiveram ainda direito ao novo refrigerador. Ao longo de três anos, o programa já proporcionou a cerca de 5.500 famílias a troca da geladeira antiga por uma nova.

A continuidade da destinação dos recursos para esse modelo de eficiência vai ampliar a cobertura do benefício. “Não conseguimos ainda atender todo mundo, ficou gente de fora. Mas o programa vai continuar todo ano, enquanto eu for governador”, garantiu André. O vice-presidente da Enersul, Sidnei Simonaggio, confirmou a pretensão de estender a execução do programa para atender a um número ainda maior de consumidores residenciais da subclasse Baixa Renda. “Em 2009, chegaremos a seis mil trocas de geladeiras”, informou.

Agora incluída na lista dos que já foram contemplados, a dona-de-casa Claudina Pereira Cândido, diz que está feliz em dar adeus ao antigo eletrodoméstico, de mais de 10 anos. “Está toda quebrada por dentro, e a borracha também ‘já não segura mais’”, ela conta.

Os problemas são parecidos entre as famílias que têm no velho refrigerador uma fonte mais de problema que de comodidade. “A minha eu comprei faz tempo e já era usada. O congelador não tem mais tampa, a borracha ta toda caindo”, lamenta Clarice dos Santos. O reflexo financeiro vem na fatura, em forma de altos valores, que muitos têm dificuldade em pagar. “A conta vem uns R$ 110,00. É o mais caro pra nós, porque a água é R$ 30,00, o telefone é R$ 40,00”, compara Clarice, lembrando que já teve ocasião de ter o fornecimento suspenso por não conseguir quitar o débito.