O governador André Puccinelli (PMDB) anunciou, durante solenidade de entrega de casas em Campo Grande, que terá participação direta no processo de transição administrativa. Na segunda-feira, dia 3, ele se reúne com o governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB) para as primeiras trocas de informações.
O sucessor de Puccinelli já antecipou que pedirá ao governador a edição de atos para mudanças na estrutura administrativa, entre elas o desmembramento da Seprotur, que terá um braço voltado ao comércio, indústria e turismo e outro para o agronegócio, Vigilância Sanitária e agricultura familiar, além da criação de uma superintendência para a política indígena, que vai incluir as comunidades indígenas no processo produtivo.
Embora constitucionalmente a transição se dá por meio de comissões paritárias (três representantes do governo que sai e três da nova gestão), André Puccinelli disse que participará pessoalmente do repasse de informações e adequação da estrutura administrativa de acordo com o desejo do sucessor porque conhece tudo que está sendo desenvolvido em cada secretaria, principais demandas, competências e deficiências.
Em governos anteriores, a participação do chefe do Executivo era restrita à troca de informações sigilosas, como volume aplicação de verba secreta e dinheiro em caixa.
Segundo André, a ideia é vencer a “burocracia excessiva” no processo de transição, que experimentou quando assumiu o comando do Estado das mãos de Zeca do PT. Puccinelli disse que não haverá problemas o repasse de dados. "Eu havia dito antes que, fosse quem fosse o governador eleito, receberia todos os documentos necessários". Os trabalhos das equipes serão acompanhados “de perto”, afirmou, lembrando que desde que o resultado consagrou Reinaldo governador determinou a abertura de todas as secretarias e órgãos do Estado.
No âmbito das secretarias, haverá um representante de cada área para auxiliar no processo de transição.
Reinaldo Azambuja também pediu que os deputados estaduais não votem o orçamento de 2015 antes de elencar as prioridades de sua administração. O governador eleito quer mais recursos para a a saúde e segurança.
Depois dos primeiros passos da transição, o governador eleito vai a Brasília para discutir com a bancada federal as prioridades da nova gestão. A interlocução é necessária para que a bancada possa encaminhar as demandas do Estado no governo Dilma, segundo o coordenador da bancada, deputado Vander Loubet (PT).