O deputado estadual promovendo há anos a tradicional Cavalgada em Três Lagoas que, inclusive, entrou para o calendário oficial de Mato Grosso do Sul, tem buscado saber sobre as novas regras para movimentação de equinos no estado. Isso porque em abril foi detectado um foco da doença em um animal de Bela Vista, fazendo com que a Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal (Iagro) baixasse uma portaria exigindo o exame do Mormo em animais em trânsito.
Sendo assim, Angelo Guerreiro tem feito requerimentos e indicações para tentar esclarecer melhor o assunto. Nesta terça-feira, 26, o parlamentar encaminhou expediente ao diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta e ao governador Reinaldo Azambuja para que juntos estudem a possibilidade de credenciar um laboratório em nosso estado para a realização do exame do Mormo. Conforme a Agência, apenas dois estados brasileiros são credenciados junto ao Ministério da Agricultura, sendo em São Paulo e Minas Gerais, “tornando o custo mais elevado, podendo chegar até a duzentos reais”, observou Guerreiro. Com este laboratório credenciado em Mato Grosso do Sul fica viável o preço, pois exclui-se o frete.
“Existem pequenos produtores que utilizam o animal para o trabalho, de uma fazenda a outra e que não possuem condições para pagar o exame, que tem duração de pouco tempo”, acrescentou o parlamentar que, na semana passada, enviou requerimento aos mesmos órgãos competentes cobrando que sejam repassadas as devidas informações a todos os interessados no assunto, bem como que seja disponibilizado um técnico para percorrer as Agências Estaduais de Defesa Animal e Vegetal garantindo a informação correta.
O mormo
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem, carnívoros e pequenos ruminantes. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.