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Bioparque

Aquário do Pantanal: de obra emblemática a referência para cientistas

Onze anos de espera e mais de R$ 200 milhões investidos

Visitantes durante inauguração do Bioparque - Redação/CBN Campo Grande
Visitantes durante inauguração do Bioparque - Redação/CBN Campo Grande

Quando o mega empreendimento foi lançado, em 2011, o valor previsto era de R$ 84,7 milhões com previsão de ser concluído em 30 meses. Nos anos seguintes, o sul-mato-grossense assistiu a maior obra da história do estado acumular polêmicas e adiar cronogramas.

Foram inúmeras licitações, muitas fracassadas; disputas judiciais; suspeitas de corrupção denunciadas pelo Ministério Público; contas bloqueadas; mortandade de espécies em quarentena; desistência de empresas contratadas; entre outros imprevistos que contribuíram para o atraso na conclusão do projeto.

E, após uma década de espera, quando poucos apostavam que a mega estrutura, projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, fosse aberta ao público, finalmente, o espaço com 18,6 mil metros quadrados poderá ser visitado dentro do Parque das Nações indígenas, em Campo Grande.

Além de atrair a curiosidade de turistas, estudantes, do público em geral, o agora denominado Bioparque Pantanal,  pode se tornar referência para cientistas de todo o mundo. O local expõe a grandiosidade da fauna e flora regionais para que sejam preservadas. 

Quem esteve na tão esperada inauguração, observou a presença de técnicos de diversas áreas, como engenheiros, biólogos, administradores que, em algum momento, participaram ou ainda participam do projeto e exibiam o orgulho de ver o resultado de uma das obras mais emblemáticas da história recente do estado.

Viu também um desfile de políticos, alguns para comemorar, outros para simplesmente posar para fotos. Houve até quem fez do “ex-Aquário do Pantanal” um cenário para a campanha eleitoral que se aproxima. 

Mas a população, que foi quem pagou por essa obra, espera que não haja novos escândalos, espera por uma gestão do local eficiente, espera por consequências positivas na economia regional e que o complexo seja conhecido pelo valor da biodiversidade, da ciência a favor das futuras gerações.