O governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), deverá continuar fora do cargo, caso seja solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), informaram hoje (25) seus advogados.
De acordo com o escritório do advogado Nélio Machado, um dos defensores do governador, Arruda está disposto a assumir o compromisso de ficar de fora do comando do Distrito Federal até o final das investigações do suposto esquema de corrupção, que seria liderado por Arruda.
Os advogados do governador licenciado estão reunidos para elaborar uma estratégica para convencer os ministros do STF a libertar o governador, preso há 15 dias na Superintendência da Polícia Federal por tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra – uma das testemunhas da Operação Caixa de Pandora. A manutenção do afastamento de Arruda do Executivo local deve ser um dos argumentos a ser usado pela defesa.
O julgamento do habeas corpus a favor de Arruda estava previsto para hoje (25), mas foi adiado pelo ministro Marco Aurélio, relator do caso, a pedido de Nélio Machado. O advogado pretende reformular o recurso por ter recebido ontem (24) informações sobre os votos dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ordenaram a prisão do governador. O julgamento deve ocorrer na próxima semana.
Com a apresentação de novos fatos pela defesa – por meio do aditamento da inicial -, o ministro entendeu ser necessário abrir, novamente, vista dos autos à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Antes de ser preso, Arruda pediu licença do cargo de governador em carta encaminhada à Câmara Legislativa. A ideia é que ele continue licenciado quando estiver em liberdade. A renúncia não está sendo cogitada, segundo a defesa.