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Assessor de Sarkozy reitera interesse na venda de caças franceses ao Brasil

Levitte fez a afirmação em conversa com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim

À espera da definição do governo brasileiro sobre a compra dos caças para a renovação da frota aérea nacional, o conselheiro diplomático do governo francês, Jean David Levitte, reiterou hoje (7) que os franceses têm interesse no negócio.

Levitte fez a afirmação em conversa com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim. A manifestação do assessor do presidente Nicolas Sarkozy ocorre no momento em que há divergências no Brasil sobre o assunto.

No encontro, o chanceler reafirmou que a decisão será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Para Amorim, a definição envolve uma análise política e não apenas técnica.

“É natural que os franceses demonstrem interesse no assunto”, disse Amorim.

Amorim conversou com Levitte em Paris, depois do simpósio Novo Mundo, Novo Capitalismo, organizado pelo Ministério da Imigração, Integração, Identidade Nacional e do Desenvolvimento Solidário da França.

Ontem (6), em Genebra (Suíça), Amorim disse que a definição sobre a compra dos 36 caças vai considerar uma série de fatores.

“Vamos levar em em conta as questões técnicas, mas a decisão final cabe ao ministro da Defesa e ao presidente da República”, afirmou. “Não é uma decisão exclusivamente militar. É uma decisão política.”

Segundo informações atribuídas ao Comando da Aeronáutica, o adequado para o projeto FX-2 que visa à renovação da frota aérea nacional é comprar o caça Gripen NG, da empresa sueca Saab. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria se manifestado a favor dos aviões do consórcio francês Rafale Internacional.

O Comando da Aeronáutica confirmou a conclusão do relatório sobre as propostas apresentadas pelas três empresas finalistas – a sueca Saab, fabricante do modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, responsável pelo caça F-18 Super Hornet e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault -, mas não divulgou o resultado.

Na próxima semana, Lula deve definir a questão. Hoje (7) Sarkozy elogiou o Brasil e defendeu sua participação no Conselho de Segurança das Nações Unidas e também em negociações econômicas internacionais. No discurso, o francês citou o Brasil sete vezes.