Na próxima sexta-feira, acontecerá a eleição para a escolha da nova diretoria da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas. Duas chapas foram inscritas e estão aptas para participar do pleito. A chapa I é encabeçada pelo empresário e advogado Rógerson Rímoli. A chapa II, é encabeçada pelo atual presidente, Atílio D’ Agosto, entrevistado de hoje do Jornal do Povo. Amanhã, a entrevista será com Rógerson Rímoli. Conheça um pouco mais do atual empresário da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas.
Jornal do Povo – Quem é Atílio D’ Agosto ?
Atílio- Sou empresário no ramo de perfilados metálicos, tenho 38 anos, sou engenheiro mecânico, formado pela escola de engenharia Mauá, em São Paulo.
JP- Há quanto tempo você está em Três Lagoas?
Atílio- Estou há sete anos em Três Lagoas, porém fincamos nossas raízes na cidade há 30 anos, quando em 1985 compramos nossa primeira propriedade rural no município. De lá para cá, fomos acelerando o nosso processo de investimentos no município. Temos uma filial da nossa indústria aqui em Três Lagoas, no Distrito Industrial II. Cumprimos todos os acordos estabelecidos com o governo do Estado e, hoje nossa empresa está instalada no município. Já me considero um três-lagoense, pois minhas filhas e minha família moram aqui.
JP- O que levou você a disputar a presidência da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas há dois anos?
Atílio- Eu já participava da Associação integrando a diretoria do então presidente Vanderlei Duarte. Em razão de a nossa empresa estar instalada em Três Lagoas, tinha em mente que deveríamos realizar algum projeto social, para retribuir o que o município nos deu, que foi a doação de uma área, proporcionando a instalação da nossa empresa e geração de empregos. Então, senti que precisava retribuir. E, vi na Associação Comercial, uma oportunidade de prestar um serviço à comunidade empresarial, mediante a minha experiência de ter vivido 32anos em São Paulo e ter tido uma formação no maior centro comercial do Brasil.
JP- E agora, o porquê você vai concorrer à reeleição?
Atílio- Durante este período em que estamos à frente da Associação, realizamos algumas ações perante a comunidade em defesa do empresariado. Reivindicamos e conseguimos a edição de um decreto para proibir a realização das feirinhas de roupas na cidade, atuamos em defesa dos empresários que não receberam do Consórcio UFN 3. E, em consequência do nosso trabalho, estabelecemos um vínculo com as lideranças das federações do empresariado sul mato-grossense. Acabei sendo convidado para fazer parte da Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul. Aceitei o convite do presidente da federação, que me solicitou que mantivesse o elo de Três Lagoas com a federação, já que a cidade iria se beneficiar muito, através de projetos viabilizados por meio da própria federação, Sebrae e governo do Estado.
JP- Quais são suas metas, caso seja reeleito presidente da Associação Comercial ?
Atílio- Nossa meta será a de trabalhar para defender o direito do consumidor e do empresário. Não podemos estabelecer metas a longo prazo, mas o que for necessário para fortalecer essa categoria, vamos defender.
JP- Como analisa o comércio de Três Lagoas diante do cenário econômico nacional? E o que a Associação Comercial pode fazer para contribuir com o setor ?
Atílio- Estamos vivenciando uma crise no cenário econômico nacional, mas, Três Lagoas, ainda, vive uma situação diferenciada em razão da geração de empregos que oferece devido ao número elevado de indústrias instaladas. Três Lagoas tem um comércio forte, inclusive, não vejo necessidade das pessoas saírem daqui para comprar em outras cidades. Entendo, que temos que criar estratégias, não só para promoções comerciais, mas parcerias com o apoio do Sebrae e prefeitura para a realização de grandes eventos para atrair os consumidores. Além disso, entendo que, a Associação Comercial tem que incrementar parceria com a prefeitura e com o governo do Estado para contribuir para a vida de mais indústrias e acompanhar o andamento das suas solicitações, pois é certo quando as indústrias retomarem os seus investimentos ampliando, inclusive, suas bases de produção, o comércio voltará a tomar o rumo da estabilidade e crescimento.