A custo de liberação de mais de R$ 7 bilhões em emendas aos parlamentares, o Planalto conseguiu quebrar a resistência da maioria e aprovou a reforma tributária. O texto-base foi aprovado em primeiro turno com 382 votos a favor, 118 contra e 3 abstenções. No segundo turno, a reforma foi chancelada com 375 votos favoráveis e 113 contrários.
A pressão a favor e contra foi grande. O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu toda a bancada do PL e fez um apelo pelo voto contra. De quase 100 parlamentares na Câmara, 18 não resistiram à tentação do dinheiro liberado em emendas, traíram o ex-presidente.
Mas 100% dos bolsonaristas de Mato Grosso do Sul foram fiéis à Bolsonaro votando contra a reforma tributária. São eles: Marcos Pollon e Rodrigo Nogueira, do PL, partido do ex-presidente, e Dr. Luiz Ovando, do PP.
Por outro lado, a bancada do PSDB e do PT apoiou a reforma tributária. Os deputados Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Rezende, do PSDB, defenderam a reforma em troca de emendas e seguiram, também, a orientação do governador Eduardo Riedel de apoiar a proposta do Planalto. Riedel é um dos poucos governadores do Centro-Oeste a defender a reforma tributária.
Já a bancada petista com Vander Loubet e Camila Jara apoiou na sua totalidade a reforma proposta pelo governo Lula.
Mudando de assunto, o Capitão Contar foi “chutado” pra fora do comando do PRTB com a destituição da diretório regional por determinação da executiva nacional do partido. Ele não tem mais clima para continuar na legenda. O caminho dele será a filiação no PL.
O futuro presidente do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deputado federal Marcos Pollon, o quer nas fileiras do PL. Mas a filiação encontra resistência de algumas lideranças. Pollon sabe disso e está procurando romper essa barreira.
O Capitão Contar sofreu outra derrota política e judicial. O desembargador Carlos Contar extinguiu a ação.