Até quando vamos ficar à mercê de uma decisão para dar à BR 262 segurança aos seus usuários? Ninguém desconhece a intensidade de seu tráfego, agravado por centenas de caminhões de todos os portes, ônibus, além de centenas de carretas de eucalipto transportando matéria prima para duas grandes fábricas de celulose que funcionam ininterruptamente 24 horas por dia aqui na Costa Leste. Motoristas impacientes e sem consciência ultrapassam perigosamente em lombadas sem visibilidade nesta rodovia, colocando em risco a própria vida e de muitos outros.
O Ministro dos Transportes esteve esta semana em Campo Grande e indagado por repórter da rádio CBN, respondeu dizendo que não há previsão de privatização e nem de duplicação da BR 262, a não ser a execução de obras de manutenção. E que a prioridade é a da retomada da malha da rede ferroviária e a sua locação para terceiro interessado diante do abandono da Rumo, empresa que teve o cuidado em sucatear esta ferrovia. Somos da opinião, que esta empresa deveria ser responsabilizada pela União pelos prejuízos causados ao erário público.
O ministro anunciou sem precisar datas, que a prioridade é dar andamento ao Contorno Rodoviário de Três lagoas e escoar a madeira e a produção industrial pela estrada de ferro. E, destacou a importância de um ramal ferroviário à ser construído – estudo que se arrasta há muitos anos, entre Aparecida do Taboado e Três Lagoas interligando a antiga ferrovia Noroeste do Brasil a FerroNorte como alternativa para desafogar o intenso tráfego da BR 262.
Ora, a implantação deste ramal poderá amenizar, mas não será a solução de todos os problemas que a BR 262 apresenta por ser uma rodovia com acostamentos extremamente estreitos e pistas secundárias mais estreitas, ainda. Diante da situação precária da rodovia que demanda para a região Norte do país, verifica-se que os nossos parlamentares no Senado Federal como na Câmara dos Deputados pouco fazem para mudar esse quadro. A BR 262 está bem na frente da entrada da futura fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo.
É inegável que o trafego quase irá dobrar só de carretas transportando eucalipto. Portanto, passa da hora a mobilização dos nossos representantes em Brasília para tornar mais seguro e desafogado o tráfego desta estrada rodoviária para baixar índices de acidentes, poupando vidas e, sobretudo, tempo de quem tem que percorrer uma distância relativamente curta entre Três Lagoas e Campo Grande.