O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (18) que o Brasil poderá se tornar a quinta maior economia do mundo, nos próximos 15 anos, se tiver mais pobres na classe média e mais estudantes nas faculdades.
Para o presidente, mais importante do que vender petróleo no século XXI, será exportar conhecimento. "Daqui a 15 anos ou 10 anos, este país deverá ser a quarta economia, a terceira economia ou se a gente não der sorte pode ser a quinta economia. Ele será mais fortemente a quinta economia se a gente tiver mais pobres na classe média, se tiver mais gente na universidade, se tiver mais gente fazendo curso técnico e se a gente tiver melhorado definitivamente a qualidade do ensino nesse país", afirmou Lula.
O presidente discursou na cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras da BR-448, em Sapucaia do Sul (RS), município da Região Metropolitana de Porto Alegre. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve contar com investimentos federais de R$ 932,6 milhões.
Lula também criticou os governantes que passaram pelo Palácio do Planalto e, na avaliação dele, não deram prioridade à educação no país. Ele disse que a maior herança de seu governo será "a mudança de paradigma" na realização de investimentos e aproveitou para alfinetar seus antecessores.
"As pessoas vão perguntar: como é que um metalúrgico consegue fazer 11 universidades, e um doutor, reitor, doutor honoris causas, não fez nenhuma? Como é que pode um torneiro mecânico fazer 214 escolas técnicas e o governo passado tinha (sic) mandado uma lei tirando do governo federal a responsabilidade pelo ensino profissional? Alguns governantes conhecem o sofrimento do povo e alguns governantes apenas leram o sofrimento do povo", afirmou Lula.