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Câmara abre comissão para apurar comentário de vereador

Renée Venâncio diz que não houve quebra de decoro parlamentar, pois apenas expressou sua opinião

Renée Venâncio diz que não houve quebra de decoro parlamentar, pois apenas expressou sua opinião - Arquivo/JPNews
Renée Venâncio diz que não houve quebra de decoro parlamentar, pois apenas expressou sua opinião - Arquivo/JPNews

A Câmara de Três Lagoas abriu na sessão desta terça- feira (13) uma comissão de Investigação para apurar denúncia encaminhada pelo promotor de Justiça, Fernando Lanza, contra o vereador Renée Venâncio (PSD), que teria usado às redes sociais para "propagação de ódio, incitando violência", o que pode acarretar na quebra de decoro parlamentar, segundo consta do documento do Ministério Público.

Segundo requerimento encaminhado pelo promotor, Renée teria comemorado à morte de um integrante do MST, que participava de um protesto em Valinhos.  Em uma postagem da revista Veja no Facebook com a manchete "Motorista avança contra protesto do MST e mata um em Valinhos", o vereador postou seguinte comentário: Legítima defesa do direito de ir e vir. Grande dia!

Uma denúncia foi feita na ouvidoria do MP que, por sua vez encaminhou ao Legislativo para apuração. Na justificativa da denúncia consta que o comentário "fere o ordenamento jurídico, inclusive interpretando legítima defesa de modo errado”.

A comissão de investigação terá o prazo de 90 dias para entregar um relatório esclarecendo se houve ou não quebra de decoro parlamentar, que pode levar a perda de mandato.

RESPOSTA

O vereador Renée disse que não houve quebra de decoro parlamentar e que apenas expressou sua opinião. “Essa é uma investigação pífia e que partiu de um grupo ideológico, contrário as minhas posições. O MST é um movimento terrorista e que prejudica as pessoas. Eles cercam as pessoas com machado, foice, é natural que as pessoas vão defender suas famílias. Apenas expressei o meu pensamento. Quando o motorista foi cercado, agiu em legítima defesa. Esse mundo está ficando muito chato, ninguém pode expor sua opinião", argumentou o vereador.