A Mesa Diretora da Câmara arquivou o processo contra o deputado Eugênio Rabelo (PP-CE) pelo mau uso da verba de passagens aéreas. As investigações da comissão de sindicância também inocentaram o deputado da acusação de obrigar funcionários de gabinete a repassarem a ele parte do salário que recebia. “Ficou comprovado que não tinha nada”, disse o deputado Marcelo Ortiz (PV-SP).
O grupo foi criado, há cerca de dois meses, para investigar denúncias de venda irregular de passagens aéreas pelos deputados Paulo Roberto e Eugênio Rabelo (PP-CE).
A decisão sobre o processo contra o deputado Paulo Roberto (PTB-RS) ficou para a semana que vem. O também petebista Nelson Marquezelli (SP), quarto-secretário da Casa, pediu vista do processo. Alegou que precisava conhecer melhor os fatos.
O relatório não encontrou indícios de irregularidades no uso de passagens aéreas pelo deputado, mas Paulo Roberto é acusado de manter em seu gabinete pelo menos dois funcionários fantasmas. Segundo o documento, o chefe de gabinete de Paulo Roberto pediu licença por três meses, colocou os dois filhos trabalhando em seu lugar, pagava a eles R$ 500, mas continuou a receber salário da Câmara mesmo com a licença tendo durado mais de um ano.
A decisão sobre se esse processo será encaminhado ao Conselho de Ética ficou para a próxima semana.