A Câmara de Vereadores de Três Lagoas vai destinar R$ 1,5 milhão para ajudar na realização de exames e cirurgias eletivas de pacientes que estão na fila aguardando há meses por um procedimento cirúrgico. Em Três Lagoas, são mais de duas mil pessoas na fila de espera do Sistema Único de Saúde.
Esse número de pacientes é elevado porque as cirurgias eletivas estavam suspensas nos hospitais da rede pública estadual e contratualizada por força de um decreto estadual de 31 de março de 2021, devido a pandemia da Covid-19. Nesse período, as demandas cirúrgicas tiveram aumento real no município, pois na primeira onda da pandemia de Coronavírus em 2020, houve necessidade de restringir leitos para combater os casos de Covid e comprometeu a realização de procedimentos importantes. Essa restrição resultou em uma longa fila de pacientes aguardando por um procedimento cirúrgico. Realidade não apenas de Três Lagoas, mas de todo Mato Grosso do Sul.
Por esse motivo, o governo do Estado vai retomar a Caravana da Saúde, que nesta etapa traz duas modalidades: Opera MS que reúne 94 rol de procedimentos cirúrgicos e o Examina MS com 66 tipos de exames de média e alta complexidade. Os 79 municípios poderão fazer a adesão ao programa até 3 de setembro. O objetivo é reduzir a fila de espera de cirurgias e exames que deixaram de ser realizados devido à pandemia em todo o Estado.
Para o programa, o governo do Estado reservou R$ 80 milhões, sendo R$ 60 milhões para as cirurgias eletivas para o exercício de 2021 e 2022 e mais R$ 20 milhões para realização de exames de média e alta complexidade para exercício de 2021.
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O retorno das cirurgias eletivas ocorrerá de forma gradativa e organizada, conforme a capacidade operacional de cada unidade hospitalar e região de saúde, não deixando de priorizar o atendimento de urgência e emergência, como também aos casos da Covid-19.
Nesta quinta-feira (3), vereadores se reuniram com o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), para tratar da realização dos procedimentos cirúrgicos em Três Lagoas. Segundo o presidente da Câmara, Cassiano Maia, o recurso a ser destinado para a realização dos procedimentos cirúrgicos é fruto de economia do Legislativo. “Se você devolve R$ 1,5 milhão fora do programa, consegue se fazer menos procedimento. Agora, se for aplicado em toda essa estrutura que já está funcionando, o número de procedimentos a ser realizado será maior”, explicou o presidente do Legislativo, o médico Cassiano Maia.
Atualmente, existe um convênio entre a prefeitura e o Hospital Auxiliadora para a realização das cirurgias eletivas. Segundo Maia, agora será feito um levantamento junto ao hospital para saber quantas cirurgias a mais a unidade consegue realizar com a equipe e a estrutura que tem, ou se será necessário a vinda da Caravana da Saúde, ou dos procedimentos serem realizados em outras localidades. “Agora em setembro será feito todo esse estudo para que, em outubro, os procedimentos comecem ser realizados”, destacou.
