A Câmara de Vereadores de Três Lagoas instaurou, durante sessão nesta terça-feira (2), uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) por possível omissão de uma denúncia feita por um servidor comissionado, que trabalha no aeroporto da cidade.
A denúncia foi feita na sessão da semana passada pelo vereador Davis Martinelli (Solidariedade), que sugeriu a abertura da comissão.
O parlamentar conseguiu a assinatura de 13 dos 17 vereadores.Antônio Rialino (PTdoB), Celso Yamaguti (PSDB), Isabel Cristina (Solidariedade) e Sirlene dos Santos Pereira (PSDB) votaram contra.
De acordo com o presidente da Câmara, André Bittencourt (PSDB), para a abertura da CPI seriam necessários seis assinaturas, sem necessidade de votação pelo plenário. Durante sessão desta terça-feira, o pedido foi aceito por 12 vereadores.
O próximo passo, segundo Bittencourt, será definir quais vereadores vão compor a comissão, que terá o prazo de 90 dias para entregar um relatório sobre a suspeita.
De acordo com a denúncia, o servidor Helmar de Souza Castilho gravou um vídeo dia 18 de junho em defesa do prefeito, alegando que a oposição a Guerreiro ocorre porque ele “colocou ordem na casa”.
Na gravação, o denunciante afirma que a "maioria dos servidores" que não gosta da administração de Guerreiro é formada por pessoas “corruptas, acostumadas a fazer desvio de peças de veículos, combustíveis, a ‘dar o nó’ no dia de serviço, porque antes do ponto eletrônico tinha funcionário que nem ia trabalhar, hoje não… Então, no meio do funcionalismo público tem gente que está revoltada com o Guerreiro por causa disso. Eu conheço funcionário público que não pode ser demitido por causa do tal concurso público, e que desviou toneladas de combustíveis em épocas passadas. Pessoas conhecidíssimas que construíram casas maravilhosas, carrões, em cima daquilo que saiu do seu bolso… Muitas dessas pessoas foram mandadas embora e hoje são cabo eleitorais daquele que se diz que é a 'solução' para Três Lagoas”, diz.
O procurador-jurídico da prefeitura, Luiz Henrique Gusmão, negou a omissão e informou que foi aberto um processo administrativo contra o servidor, no dia 28 de junho. A publicação do procedimento está no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, 1º de julho.
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