Em pronunciamento que teve uma hora e 40 minutos e dez apartes, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) contestou com documentos as acusações feitas contra ele por um ex-funcionário – cujo nome não pronunciou – em entrevista ao matutino carioca O Globo neste final de semana. Tratou-se, segundo ele, de uma "injustiça cruel". A deputada Rita Camata (PMDB-ES), sua esposa, assistiu do Plenário todo o discurso, durante o qual o parlamentar foi às lágrimas.
O senador encaminhou ao Conselho de Ética e à Corregedoria do Senado todos os documentos que levou à tribuna. Também pediu ao conselho que abra investigações sobre as denúncias, tendo o cuidado de anunciar antes seu pedido de afastamento do colegiado. Também anunciou que não participará de nenhuma reunião da Mesa – Camata é um dos quatro suplentes – que deliberar sobre o assunto. Disse ainda seu advogado deverá interpelar judicialmente o acusador.
“Quem abre a investigação, quem pede a investigação sou eu, que fui atingido na minha honra e que tenho certeza da minha inocência. E quero defender a minha honra em nome dos meus filhos, em nome da minha mulher, em nome dos meus eleitores, em nome dos meus amigos e em nome desta Casa da qual eu faço parte, com satisfação e orgulho, há vinte e dois anos” disse, ao final de seu pronunciamento.
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