O candidato a vice-prefeito de Três Lagoas João Juveniz (PT) disse, em entrevista ao Jornal do Povo, que vai defender, caso Ângelo Guerreiro seja eleito, programa de valorização salarial dos servidores que atuam na Saúde e Educação, e apoio do poder público para garantir às mulheres que trabalham nas indústrias creches no período noturno. Segundo ele, uma cidade industrializada precisa ter creches nos três turnos, já que há um grande número de operárias nas fábricas e muitas acabam perdendo oportunidades porque têm que cuidar dos filhos e não podem atender à rotatividade de turnos.
João Juveniz, companheiro de chapa do candidato a prefeito Ângelo Guerreiro (PSD), diz que não pretende ser vice apenas para aparecer nas fotografias. “Quero ser atuante e vou trabalhar para todos os segmentos”, diz, lembrando que nos 42 anos em que vive em Três Lagoas nunca saiu, sempre morou na cidade e exerceu atividade no comércio. “Como comerciante nesses anos todos, recebendo os clientes na porta da loja, ouço muitas queixas e reclamações da população. Eu tenho conhecimento dos principais problemas de Três Lagoas.”
Para o candidato, Três Lagoas tem uma série de problemas. Uma questão que considera crucial é a falta de moradias para a classe assalariada. “O trabalhador que vive de salário não aguenta pagar aluguel, que está muito caro”, afirma. A seu ver, Três Lagoas precisa de um programa de casas populares para atender à população nas três primeiras faixas salariais. Juveniz também nota que o comércio, como um dos setores que mais gera empregos e gira divisas, recolhendo grande volume de impostos, recebe pouca atenção do poder público. Ele lembra que deveria haver atenção e estímulo. Sugeriu, por exemplo, programas de compras governamentais junto às empresas locais. Muitos produtos e equipamentos utilizados pela Prefeitura poderiam ser adquiridos das empresas de Três Lagoas, o que fortaleceria a economia local.
‘MOÇA MAL VESTIDA’
De acordo com João Juveniz, Três Lagoas também tem problemas urbanos que precisam da atenção do poder público. Ele cita o trânsito, estrangulado por causa dos trilhos da ferrovia, a precariedade do sistema de drenagem de água da chuva e falta de urbanização nos acessos de entrada. João Juveniz ilustra essa preocupação lembrando a visita que um empresário fez a Três Lagoas, atraído pelo ‘boom’ desenvolvimentista promovido pela expansão industrial. Ele comparou a cidade a uma ‘moça mal vestida’. O empresário desembarcou no aeroporto e percebeu que nas entradas a paisagem urbana depõe contra a cidade, pois não existe nenhum pórtico ou obra que poderia causar uma boa impressão. João Juveniz diz que, do ponto de vista do visitante, o que pode comprovar ao percorrer a cidade é que Três Lagoas precisa de intervenções nos acessos e obras de complementação urbana para que seu aspecto desperte uma atenção positiva.
João Juveniz comentou que, aos 74 anos, não pretendia atuar na política, depois de dirigir o PMDB em Três Lagoas por três mandatos e de 12 anos de militância no PT. Mas se diz motivado em poder trabalhar. “Devo muito a Três Lagoas. Quero ter a oportunidade de retribuir. Não posso devolver tudo o que a cidade proporcionou, mas tenho disposição para trabalhar muito”, afirma.
O Jornal do Povo informa que o espaço está aberto a José Marcelino, vice na campanha de Luiz Antônio Martins, o Tidico, PRP.