Um dos nomes mais cotados para disputar uma cadeira de deputado federal pelo PSB em Mato Grosso do Sul, o vereador campo-grandense Carlão ainda deixa em aberto tal possibilidade: ele é claro ao dizer que quer uma chapa forte para ir à disputa e, caso contrário, abdica de representar o partido nas urnas nesse ano e segue apenas na vereança.
Carlão é presidente da Câmara Municipal de Campo Grande e, diferente da direção regional da sigla, ele segue alinhado ao ex-prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD). Apesar dessa divisão quanto a chapa majoritária, ele continua firme com sua liderança dentro do PSB.
"Se tiver condições de fazer um deputado federal eu entro nessa chapa, mas não entro em chapa que não vai dar em nada. Sou um político de consciência, tenho experiência, e não vou entrar em chapa que todos são mais fracos que eu", dispara Carlão em entrevista para o Jornal CBN Campo Grande desta segunda-feira (9). Confira ela logo abaixo:
Carlão ainda completa que prevê garantida sua participação na chapa caso o presidente regional do PSB, Ricardo Ayache, seja candidato a vaga na Câmara Federal. "Se o Ayache for candidato a federal, para eleger ele eu entraria. Só se tiver nome forte".
Ao serem citados os possíveis colegas de chapa, o vereador foi claro ao reforçar a explicação que é necessário ter mais força para ir à urnas. "Tenho votos só na Capital, não tenho trabalho no interior do Estado. Consigo uns 10 mil votos, não tenho chance de me eleger deputado federal", frisa o parlamentar campo-grandense, que completa.
"Se todo mundo for mais fraco que eu, nessas condições eu não saio candidato. Só se for para ajudar alguém mais forte. O próprio presidente do partido [Carlos Siqueira] disse que se o Ayache não for candidato, tem que indicar alguém com condições. Desses nomes citados por você, são meus amigos e seu, não são muito forte. Juntos não damos 20 mil votos", crava.
Os nomes citados foram a sindicalista Lilian Fernandes e o ex-prefeito coxinense Aluizio São José. Quanto à Melissa Ayache, esposa de Ricardo Ayahce, ele disse não saber a relevância política que ela pode agregar a chapa para torná-la mais competitiva.
Carlão seguiu em tom de sinceridade plena sua entrevista ao falar sobre outros temas, como a divisão da sigla entre o tucano Eduardo Riedel e o ex-prefeito Marquinhos Trad, a quem revela fidelidade, e também ao comentar sobre os preparativos da Câmara para evitar perda de foco por causa das eleições e o andamento da pauta orçamentária na Casa.