A Mesa Diretora do Senado anunciou hoje (24) a extinção de 500 cargos não preenchidos na estrutura da Casa. Serão cargos efetivos e que não estavam ocupados, por isso, não vão gerar nenhuma economia.“Queremos apenas evitar que sejam preenchidos no futuro”, disse o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Os cortes, no entanto, não atingem os terceirizados e os cargos comissionados, aqueles que são preenchidos por indicação política. Esses continuam até que o Senado termine estudo sobre os futuros cortes. “Não vamos parar por aí, mas estamos apenas iniciando um processo”. A maioria das vagas cortadas é da Gráfica do Senado.
O Senado conta hoje com uma estrutura de 3,4 mil funcionários efetivos – 2,8 mil comissionados e três mil terceirizados. As vagas extintas hoje poderiam ser ocupadas por concurso público em substituição aos indicados políticos e aos terceirizados, como recomenda o Tribunal de Contas da União. Mas, segundo Heráclito, a ideia é enxugar os gastos, também uma recomendação do TCU. “Os cortes foram feitos”, disse.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) recomendou no mês passado corte de 85% nas diretorias e de 46% nas chefias. Com a medida, pretende-se economizar R$ 376 milhões por ano.
A auditoria feita pela FGV começou em maio, depois de denúncias de contratação irregular de funcionários, inclusive por meio de atos secretos, o que gerou uma crise e a consequente exoneração de diretores da Casa.