Os eleitores sul-mato-grossenses tiveram a última oportunidade para ouvir a proposta dos candidatos ao governo do estado, Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB), durante debate promovido na noite dessa quinta-feira (27) pela TV Morena, afiliada da rede Globo. O debate que durou pouco mais de duas horas foi marcado por troca acusações sobre fake news e corrupção.
As opiniões dos colunistas da CBN Campo Grande com relação ao debate foi que 'estava morno', sem acrescentar muito para a população, que o candidato Eduardo Ridel foi melhor e que os candidatos ficaram emparelhados com várias propostas para o governo de Mato Grosso do Sul.
Para o jornalista que assina a coluna Política em Destaque, Adilson Trindade, o último confronto neste segundo turno, frente a frente, entre os candidatos foi marcado por contradições de dados. “ O debate de ontem eu achei sinceramente um pouco morno com falta de conhecimento de dados havia muitas contradições de dados, pois o Capitão Contar se enrolou. Ele confundia 16 bilhões para regionalização de saúde, sendo que o valor correto apresentado pelo outro candidato era de 500 milhões de reais […] Eu não vi um debate empolgado (SIC)”, avalia.
Já o colunista do CBN em Pauta, Edir Viegas, avalia que o candidato Eduardo Riedel saiu vencedor no embate com Capitão Contar. “A superioridade de Eduardo Riedel sobre o Capitão Contar, no que diz respeito, ao conhecimento sobre gestão e máquina pública ficou evidente e isso fez uma baita diferença junto aos eleitores. Mesmo porque, ao não comparecer em outros debates promovidos pela imprensa, dentre os quais o realizado pela CBN Campo Grande e jornal Correio do Estado, na quarta-feira (25), o Capitão Contar criou uma grande expectativa nas pessoas que até então não tinham a menor ideia do que ele pensava e nenhuma ideia da forma que ele vai cumprir as promessas feitas em campanha. No final do debate de ontem, a sua desastrosa participação acabou por confirmar o que a campanha do Eduardo Riedel vem dizendo desde o início do segundo turno, que realmente o Capitão contar não tem nenhum preparo ou conhecimento técnico para administrar o governo do Estado. Se por um lado, o resultado do debate foi negativo para o Capitão Contar, para os eleitores foi positivo, pois poderão comparar o grau de conhecimento de ambos e ter uma ideia da capacidade administrativa de cada um deles (SIC)”, analisa.
O colunista Paulo Cruz, da CBN Motor, esse último debate foi muito importante para que o eleitor que tinha alguma dúvida em quem votar escolha seu voto. ” Eu acho que a pessoa já tem seus votos definidos, mas quem tinha alguma dúvida conseguiu ter algum esclarecimento. De um lado, eu assisti o candidato Eduardo Riedel muito municiado de todas as informações do governo- um governo que ele fez parte – e que não tem como fugir disso. […] O deputado Contar, que tem o histórico de ter sido o mais votado de MS em 2018, se apegou muito aos fakenews. Ele deveria ter falado mais das suas propostas e quando começaram a deslanchar nesse assunto vimos que as propostas são bem semelhantes em alguns momentos […] Nós torcemos para que esse processo seja mais tranquilo possível e que realmente vença o melhor para MS. Debate equilibrado eu não vejo vencedores e as propostas estão muito alinhadas. (SIC)”, argumenta.
Já Melissa Tamaciro, que assina o a Coluna Mover, acredita que no debate faltou o compromisso da implementação de inteligência artificial, monitoramento de resultados em tempo real, cruzamento de informações como verdadeiros pilares de embasamento para políticas públicas.“Ha um ponto de alerta severo quando a discussão sobre dados orbita em torno de quem decora melhor ou não números. Apesar da boa fé dos candidatos, nenhum dos programas de governo tratou com seriedade a urgência em trazer para gestão o compromisso da implementação de inteligência artificial, monitoramento de resultados em tempo real, cruzamento de informações como verdadeiros pilares de embasamento para políticas públicas. Dados cruzados de pastas da segurança, saúde, educação, cultura, turismo, entre outros são condições primárias urgentes para decisão da destinação de recursos. Ainda navegamos sem bússola e sem transparência tanto pra propor quanto para rever propostas de ações para cada município. Fica o desejo que possamos crer nas propostas baseadas em informação relevante e não em impostação de voz.(Sic)”, salienta