Depois de se defender por duas horas das acusações de participação no esquema de pagamento de propina durante a gestão do ex-prefeito Ari Artuzi, o vereador Junior Teixeira (PDT) teve o mandato cassado com nove votos a favor.
Munido de documentos, o vereador prometeu citar nomes importantes durante sua defesa, mas lembrou apenas do ex-deputado estadual Ary Rigo. “Cadê o processo aberto contra o Rigo?”, indagou Teixeira.
Votaram a favor da cassação de Junior Teixeira os vereadores Cido Medeiros, Délia Razuk, Dirceu Longhi, Elias Ishy, Gino Ferreira, Idenor Machado, Juarez do Esporte, Pedro Pepa e Walter Hora.
Ele mostrou cheques que seriam de pagamentos indevidos feitos pela Assembleia Legislativa. Após a sessão, Junior Teixeira seguiu para o Ministério Público Estadual em Dourados, onde vai protocolar as cópias dos cheques.
Junior Teixeira foi preso em setembro do ano passado durante a Operação Uragano, que derrubou todo o primeiro escalão do governo municipal, envolvendo prefeito, vice-prefeito, vereadores, secretários, empresários e funcionários da prefeitura.
Eles foram apontados como participantes em esquema de fraudes em licitações, além do pagamento de propina para apoiar Artuzi.
Ainda essa semana, outros dois vereadores serão julgados pela Câmara de Dourados. Amanhã será julgado o vereador Julio Artuzi (PRB) às 9 horas; na sexta-feira (18), será a vez de Paulo Henrique Bambu (DEM), às 9 horas e Aurélio Bonatto (PDT) a partir das 14 horas.
Ontem, para não ser cassado, o vereador José Carlos Cimatti (PSB) renunciou ao mandado. Com a manobra, ele não perde os direitos políticos. A data do julgamento do vereador Marcelo Barros (DEM) ainda será definida.