Os comitês dos candidatos Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB) já começaram a se estruturar esta semana, mas a campanha nas ruas só deve começar efetivamente depois do dia 15.
Isso porque os coordenadores dizem ainda aguardam a liberação do CNPJ específico dos candidatos, criado após o registro das candidaturas, para só então mandar “rodar” o material gráfico de campanha, como santinhos, bandeiras, faixas e cartazes. Essa é uma estratégia para acompanhar os gastos dos partidos.
O comitê do PMDB fica na avenida Costa e Silva, em Campo Grande. O local é adaptado para receber os trabalhadores da campanha.
A estrutura concentrará espaço para os 14 partidos que fazem parte do arco de alianças de André Puccinelli.
A concentração de legendas aliadas em espaços únicos já é praxe nas campanhas peemedebistas, como em 1996, quando Puccinelli se elegeu para prefeito e 2006, para governador. As estruturas foram montadas em locais ocupados anteriormente por grandes concessionárias.
Assim como os petistas, PMDB e aliados esperam a liberação do CNPJ para fabricar seu material de publicidade. Bandeiras, adesivagens e santinhos, segundo coordenadores peemedebistas, só depois do dia 15 deste mês.
Por enquanto, o partido engrena a campanha com mobilização de militantes, simpatizantes e líderes de bairro. Somente quanto o esquema tomar corpo, será possível dimensionar a quantidade de cabos eleitorais a serem contratados.
O governador André Puccinelli também deve permanecer realizando despachos internos até o fim desta semana. Somente a partir da semana que vem será fechada agenda de campanha.
Os dois candidatos também devem montar estruturas menores em municípios “chave”, para agilizar os procedimentos de campanha no interior.
PSOL – O candidato ao governo pelo PSOL, Ney Braga, ainda não possui estrutura de campanha. Nem o próprio partido tem sede própria em Mato Grosso do Sul.
Segundo o presidente regional da sigla, Lucien Roberto Resende, as reuniões de campanha ocorrerão na casa de militantes e simpatizantes.
A exemplo da campanha de 1998, os candidatos a deputado estadual e federal devem custear sozinhos o material de divulgação.
Mesmo assim, Lucien ainda pretende pleitear recursos junto à cúpula nacional da legenda. “Vou conversar com a nacional esta semana, e na semana que vem já devemos ter uma resposta sobre a estrutura de campanha, comitê e material de divulgação”, detalhou.
Camisetas vermelhas – O “QG” de campanha de Zeca fica na rua Cândido Mariano, no centro de Campo Grande. Hoje de manhã, foi feita a medição dos cômodos para a instalação do mobiliário.
O coordenador-geral da campanha petista, Ananias Costa, diz que a idéia do partido é trabalhar com a militância e com simpatizantes, sem contratar cabos eleitorais.
“Vai ser uma campanha de massa, de rua, de encantamento”, detalhou o coordenador.
O PT também pretende trabalhar com os comitês populares. Em Campo Grande, serão mais de 5 mil, garante a coordenação. Em todo o Estado, o partido espera atingir a marca de 15 mil pontos estratégicos de campanha nas casas e escritórios de militantes e simpatizantes.
“Cada uma dessas pessoas, desses comitês, vai cuidar da campanha em sua quadra, no seu bairro”, explicou.
Nem Ananias nem o candidato Zeca do PT admitem que Campo Grande será o foco da campanha petista, por ser base eleitoral de Puccinelli.
O coordenador diz que a Capital terá atenção especial apenas por ser o maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, mas que o foco também será voltado para outras cidades pólo, como Corumbá, Três Lagoas e Ponta Porã.
Zeca do PT e a candidata a suplente de senador, Gilda Gomes dos Santos, sua vice, Tatiana Ujacow (PV), e outros candidatos da coligação, percorrerão as 10 principais cidades do Estado no mês de julho, em campanha.