Na sessão desta quinta-feira (9) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, os deputados estaduais não conseguiram definir a formação de blocos parlamentares. Por enquanto, a tendência é que a proposta de mudanças no Regimento Interno da Casa de Leis não avance e a articulação para a composição dos blocos e das comissões permanentes leve mais tempo do que se imaginava.
O ex-presidente da Casa, deputado Junior Mochi, do MDB, faz parte da comissão criada para discutir o regimento interno da casa de leis, juntamente com os deputados Pedro Kemp, do PT, e Pedro Pedrossian Neto, do PSD. Mochi fala sobre a possibilidade de mudança no número mínimo de parlamentares na formação de blocos.
"O que nós estávamos discutindo é que, como nós vamos nos reunir para propor alteração no regimento de sessão, se fosse o caso, proporíamos também as alterações nos blocos. Hoje o regimento diz o seguinte, se você tiver uma bancada de quatro deputados, você pode indicar, então como nessa eleição você não tem, exceto o PSDB com 6, partidos com mais de 3, isso é muito ruim realmente. O regimento interno precisa de uma revisão", explica o parlamentar.
Já o deputado João Henrique Catan, do PL, é contra a mudança. Para ele, a proposta veio para privilegiar um único partido. "Eu estava escondendo o jogo, mas eu vou falar como nós estamos pensando. Nós fizemos um estudo do regimento interno da Assembleia e eu cheguei a conclusão de que você o que a gente pode chamar de bloquinho, isso não tá escrito lá expressamente como bloco, mas deve-se obedecer a proporcionalidade, é um cálculo que está lá no regimento. Um grupo, que não possa ser chamado de bloco mas que seja um grupo com quatro, já chega muito perto da fração que dá direito a uma vaga em cada comissão. Então tudo que vocês estão vendo aí é um teatro do governo para prestigiar e ver se consegue fazer o PT ficar com uma vaga em cada comissão", desabafa o deputado.
Com o impasse, o primeiro secretário da casa, deputado Paulo Corrêa, do PSDB, acredita que os blocos não serão definidos na semana que vem. “Eu acho que a gente tem que dar tempo ao tempo, com muito equilíbrio, eu to vendo que como ficou os três do PT em separado, nós estamos em 21 pessoas que tem que, de alguma forma, se juntar. É uma equação, primeiro uma equação partidária, depois a equação de como vai funcionar nas comissões e depois a eleição em cada comissão, é outro jogo. Tudo ainda é possível", afirma.