O Congresso do PT, que começa nesta quinta-feira (18) e vai até sábado (20), deve confirmar o nome da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata do partido à Presidência na eleição de outubro e reforçar a tática eleitoral de colar a campanha dela à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O encontro também servirá para que o partido discuta as diretrizes do programa de governo petista. Ancorada pelo mote de um novo "projeto nacional de desenvolvimento", o documento intitulado A Grande Transformação prega maior presença do Estado na economia, com fortalecimento das empresas estatais e das políticas de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), BB (Banco do Brasil) e CEF (Caixa Econômica Federal) para o setor produtivo.
O documento chegou a criar confusão no Palácio do Planalto e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que alguns trechos fossem alterados a fim de evitar confusão com empresários.
Entre os trechos que poderiam criar a confusão está o que se refere ao fortalecimento de estatais. Na avaliação do Planalto, o documento petista pode dar a impressão equivocada de que a pré-candidata do PT defende a reestatização de empresas.
Durante o congresso, o PT também deve dar posse à nova diretoria do partido, eleita no fim do ano passado. O ex-senador José Eduardo Dutra vai substituir o deputado federal Ricardo Berzoini na presidência da sigla.