O nome do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), foi aprovado nesta terça-feira (18) por unanimidade como vice na chapa encabeçada pela pré-candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff, informou o líder do governo no Senado, Romero Jucá. A oficialização da candidatura, no entanto, será apenas em 12 junho, na convenção do partido, em Brasília.
O anúncio foi feito após a reunião da Executiva Nacional, que aconteceu na sede do PMDB, no Congresso, na manhã desta terça-feira.
O nome de Temer já era dado como certo desde que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, saiu definitivamente do páreo. Meirelles ficou no comando da instituição e não vai disputar nenhum cargo em outubro. Temer e Meirelles eram os nomes mais cotados do partido, que decidiu se unir ao PT na campanha presidencial deste ano.
Após a saída de Meirelles, Temer foi convidado a ser candidato a vice pela própria Dilma durante um jantar no dia 4 de maio. Questionado sobre o convite na época, o presidente da Câmara saiu pela tangente:
– Não foi um convite, ela disse apenas que caso eu fosse o nome indicado pelo PMDB para ser vice na chapa que ela estaria politicamente feliz.
Na semana passada, em entrevista exclusiva ao R7, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, falou sobre a importância da aliança com o PMDB.
– O PMDB é o melhor partido para indicar o vice da Dilma. É um partido que tem grande capilaridade, é a maior bancada da Câmara e do Senado, tem uma história do imaginário popular, de ter sido um partido que ajudou a reconstruir a democracia do país e tem companheiros muito valiosos no governo hoje, ministros, presidentes de estatais, diretores.
Padilha falou ainda das alianças que estão sendo formadas para a candidatura de Dilma.
– Não só o PMDB mas outros partidos já declararam apoio à Dilma, estamos construindo uma aliança bastante ampla, e tenho certeza que o PMDB irá escolher o melhor candidato à vice da Dilma.
Em relação à pré-campanha, Padilha avaliou como positivo o desempenho da ex-ministra da Casa Civil.
– Eleição é uma maratona, não é corrida de 100 metros. Muita gente acha que a largada é que vai determinar o resultado. Não é. Mesmo assim nós largamos bem, num ritmo crescente. Há um ano diziam que a Dilma não ia crescer- já cresceu. Há um ano diziam que ela não ia unificar o PT, unificou. E diziam que era impossível ela trazer o PMDB, e ela está trazendo.