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Debate na TVC coloca frente a frente petista e opositor ao governo Dilma

Emissora abriu espaço para ouvir a opinião de lideranças contra e a favor do processo que pode tirar presidente do cargo

Debate foi realizado durante o telejornal TVC Agora desta sexta-feira  - Reprodução/TVC
Debate foi realizado durante o telejornal TVC Agora desta sexta-feira - Reprodução/TVC

A TVC – Canal 13 realizou ontem um debate para ouvir a opinião de lideranças políticas de Três Lagoas sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que será votado amanhã pela Câmara dos Deputados. O debate foi realizado no telejornal TVC Agora, comandado pelos jornalistas Thiago Bonfim e Ana Paris.

O presidente da Associação Comercial de Três Lagoas, Atílio D’Agosto, filiado ao PPS, defendeu o impeachment de Dilma. Contra o processo, participou a ex-vereadora e professora universitária Maria Isabel Prata Olivere, conhecida por Bel do PT. Também participou o empresário José Luiz Galvani, que não é filiado a nenhum partido.

Atílio disse que Dilma infringiu a Constituição Federal ao cometer crime de improbidade administrativa ao não cumprir a lei orçamentária. E citou empréstimos feitos para cobrir contas do governo e o aumento da dívida, que refletem na atual situação econômica do Brasil.

Maria Isabel saiu em defesa do governo  e da presidente. “A Dilma não é investigada, não foi indiciada. Ela usou os empréstimos para cobrir custos de programas sociais. Essa é a maior punição que se dá a um presidente sem ter cometido crime”, argumentou.

COMPARAÇÕES
Galvani comparou as investigações de corrupção a de um paciente em tratamento de câncer – “um processo doloroso” -, mas que, para ele, levará o país “a uma nova cidadania”. “Independentemente de partido e de pessoas, todos que cometerem crime devem ser punidos”, disse. 

Ainda segundo Galvani, é preciso que a economia do país volte a crescer.

Em relação às pedaladas fiscais do governo federal, Bel disse que essa sempre foi uma prática utilizada em outros governos, e somente agora é que são consideradas crimes. Atílio argumentou de que em outros governos foram feitos pequenos empréstimos e que cabiam no orçamento. O empresário considerou como uma “prática lamentável” porque os gastos dos governo sempre sobram para a população pagar.