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Decisão do PT fortalece Sarney

Partido recusa proposta da oposição de pedir renúncia; Planalto já dá o caso como encerrado

O PT recusou ontem convite de DEM, PSDB, PDT e PSB para pedir a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) do cargo de presidente do Senado. O partido, cuja liderança na Casa vinha pressionando Sarney e foi desautorizada pelo presidente Lula, preferiu manter sua posição a favor apenas da licença temporária. Dessa maneira, deu força a Sarney, isolando os que defendiam a saída definitiva. Ao final do dia, todos os partidos optaram por apoiar somente o pedido de afastamento. Agora, a ordem da tropa de choque pró-Sarney é obter saída negociada com os adversários ameaçados por dossiês para engavetar a maioria das representações contra o senador no Conselho de Ética, que se reúne hoje. Na avaliação do Planalto, os aliados venceram o primeiro tempo da luta para salvar o presidente do Senado, quando apostaram na estratégia do confronto. Mas o governo teme que, agora, a oposição tente criar outro fato político e invista na CPI da Petrobras.

Simon: "Tive medo do olhar de Collor"

O senador Pedro Simon disse em entrevista ao Estado que não reagiu aos ataques de Fernando Collor em plenário porque teve "medo" do olhar fixo do colega. Simon provocou Renan Calheiros: "Ele é a faixa mais negra da história desse Congresso".