O PMDB se arrasta dividido. Parte de seus membros se apoiam no governo Lula, outra flerta com o PSDB do governador paulista José Serra. E ainda sobram críticas sobre a ausência de independência do partido que pode ser decisivo nas eleições de 2010.
O partido é protagonista de uma intensa troca de acusações. O prenúncio de como será difícil articular uma unidade entre os peemedebistas.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) materializou suas críticas ao fisiologismo do partido, que adere ao governo em troca de cargos. Simon concorda com as críticas feitas por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à revista Veja.
Jarbas criticou: "O PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte". Na sua avaliação, o partido se resume a "uma confederação de líderes regionais (…), sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos".
Simon engrossa o coro e fala que o PMDB é um partido onde os membros "se preocupam com cargos, favores, vantagens". O senador recrimina a ausência de programa político do seu partido. "Um grupo está com Lula, outro com Serra. Quem é que está com o PMDB?", questiona Pedro Simon.
“Essa gente só quer saber de permanecer no governo e, se o Lula transferir sua popularidade para Dilma, vão de Dilma. Caso não consiga, vão de Serra. Ou seja, não existe um programa político próprio do PMDB”, completou o senador.