Nesta semana, as atenções do movimento em defesa do diploma de Jornalismo se voltam para Belo Horizonte, onde, entre os dias 17 e 19, acontece o 12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. A coordenação da campanha está acompanhando diariamente a definição da pauta das sessões do Supremo Tribunal Federal.
Tendo como tema central “O Ensino de Jornalismo nas Universidades: Impactos na Prática Profissional e Conquistas para a Sociedade”, o 12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo acontece nas universidades Pitágoras, Una e Uni-BH, com os debates concentrados na revisão das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo e no Recurso Extraordinário nº 511.961, que questiona a exigência de diploma de curso superior em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão.
Dirigentes da FENAJ – que durante o evento realizará seu 8º Pré-Forum – e do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais prepararam diversos materiais para distribuição no Encontro, promovido pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), que integra a coordenação da campanha. Pretendem fortalecer o movimento, também, no 3º Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Jornalismo, que integra a programação do 12º ENPJ e acontece na sexta-feira (17/4), a partir das 9 horas.
Acumular forças
Luiz Spada, diretor da FENAJ e membro da Coordenação Nacional da Campanha em Defesa do Diploma e da Regulamentação Profissional dos Jornalistas, reforça as orientações já encaminhadas às entidades apoiadoras do movimento no sentido de ampliar esta luta. “Buscar mais apoios de parlamentares, prefeitos, governadores e entidades da sociedade civil, ocupar espaços na imprensa e organizar novos atos são fundamentais para acumularmos mais forças e sensibilizarmos os ministros do STF”, diz.
Segundo ele, a coordenação de campanha está em vigília permanente, “mesmo nos feriadões”, acompanhando a atualização da pauta de sessões do Supremo. “Não há como o recurso contra o diploma voltar à pauta do STF sem que tomemos conhecimento”, diz. Ele relembra que o previsto é o retorno do julgamento da ação contra a Lei de Imprensa no dia 22 de abril. “E nossa expectativa é de que os ministros derrubem os artigos notadamente inconstitucionais da atual Lei de Imprensa, mas não deixem os jornalistas e a sociedade sem lei nenhuma enquanto o Congresso Nacional não aprovar uma nova lei”, conclui.