Os rivais DEM e PT fecharam aliança com outros 13 partidos para eleger o ex-vice-governador Murilo Zauith (DEM) prefeito de Dourados (MS) e Dinaci Ranzi (PT) vice-prefeita . A eleição vai acontecer no dia 6 de fevereiro e é considerada fundamental para normalizar a situação política na cidade, abalada por atos de corrupção liderados pelo ex-prefeito Ari Artuzi (sem partido) e o ex-vice Carlinhos Cantor (DEM), que renunciaram aos cargos.
Artuzi e seu vice renunciaram em dezembro do ano passado. Apontados pela Polícia Federal como líderes de um esquema de corrupção na cidade que ficou conhecido como "farra das propinas". O ex-presidente da Câmara da cidade, Sidlei Alves (sem partido), também deixou o cargo.
A coligação DEM-PT foi "abençoada" pelos líderes nacionais do DEM, deputados federais Rodrigo Maia (RJ), Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO) e registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) local. Na útlima terça-feira (4), eles chegaram a Dourados e tiveram reunião na casa de Zauith sem a participação de membros do PT. O resultado do encontro foi mantido em sigilo.
Para o vereador Elias Ishy, ligado à Articulação de Esquerda do PT, a direção nacional petista não aprova o "acerto DEM-PT fechado durante eleição aberta e não através de urna, pelo diretório municipal. É uma decisão contra a candidatura própria do PT".
Elias entrou com recurso assinado pelo vice-presidente estadual do PT, Rubens Alves, e pelos secretários de mobilização Ronaldo Sandim, secretária de direitos humanos Damarci Olivi, e de finanças Kelly Kristine Costa, contra a aliança DEM-PT.