O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que foi informado hoje (10), pelo vice-governador Paulo Octávio, da desfiliação do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. “Melhor para o partido. O partido que não o queria mais”, disse o senador.
“Ele [Arruda] reconheceu que seria expulso do partido. O partido vacilou no primeiro momento, quando podia fazer a expulsão sumária. Mas depois, [o partido] pressionou para que a expulsão acontecesse e, na medida em que ele [Arruda] perdeu no Tribunal Superior Eleitoral [TSE], viu que a Justiça não ia lhe dar guarita. Ele está tentando sair um pouco melhor dessa situação”, disse o senador.
Arruda havia ingressado no TSE com um mandado de segurança para tentar garnatir sua permanência no DEM. Ele argumentou que o partido não lhe dera prazo suficiente para defesa. O pedido do governador foi negado pela ministra Cármen Lúcia.
A desfiliação de Arruda acaba com os planos do governador de disputar a reeleição no próximo ano já que a lei eleitoral exige pelo menos um ano de filiação a uma legenda para qualquer candidato. “O DEM lhe impôs, portanto, uma derrota significativa. Ele poderá, agora, acertar as contas com o Distrito Federal, que poderá lhe tirar o mandato e, com a própria Justiça, que poderá lhe impor uma pena severa”, ponderou Demóstenes.