As denúncias de corrupção que envolvem o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), “foram ruins” mas ainda não comprometem a aliança entre o PSDB e o DEM para as eleições presidenciais de 2010 na avaliação do secretário de Desenvolvimento e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que concorreu à Presidência da República, em 2002, numa aliança entre os dois partidos, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É óbvio que é ruim, mas é uma questão local e a aliança [nacional] está mantida. Trata-se de uma aliança muito bem alicerçada e isso não altera em nada”, afirmou Geraldo Alckmin. Ele acrescentou que o PSDB tem que tratar da questão da ética e “de uma visão voltada para o futuro” na campanha presidencial em 2010.
O ex-governador tratou as denúncias de corrupção contra José Roberto Arruda como uma questão local. Perguntado se o partido está prevenido para a eventual exploração deste episódio durante a campanha, Alckmin considerou que “a população está madura” e que o caso não deve ter maiores repercussões na aliança.
O secretário descartou a possibilidade de que as denúncias de pagamento de propina do Distrito Federal fortaleçam a ideia de chapa-pura tucana na composição da chapa majoritária com os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). “Não em razão desse episódio mas a hipótese de chapa-pura foi lembrada pela força das duas lideranças [Serra e Aécio Neves]”.