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Deputado Teruel acusa Governo de perseguição política

Ele considerou haver indícios de perseguição política no Detran

Líder do PT na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Pedro Teruel ocupou a tribuna, no grande expediente da sessão ordinária de hoje, para condenar a transferência de um servidor da sede do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) na Capital para o município de Aral Moreira, localizado na fronteira com o Paraguai.

O petista afirmou que o caso "não é transferência, mas perseguição política". Funcionário concursado do Detran há 14 anos, o jornalista Éber Benjamin participou de um protesto no dia 2 de julho deste ano e fez parte de uma comissão para negociar melhores condições salariais e cobrar explicações do presidente do órgão, Carlos Henrique dos Santos Pereira, sobre a redução no pagamento da gratificação.

"Coisas como essas só acontecem nos regimes de exceção, quando não se podia manifestar nem se reunir", destacou Teruel. "É lastimável coisa parecida nos dias de hoje", lamentou o parlamentar.

Pedro Kemp (PT) afirmou, em aparte, que a denúncia é grave e muito séria. Ele considerou haver indícios de perseguição política no Detran. "Não vamos aceitar perseguição política nem intimidaçaõ dos servidores públicos", garantiu Kemp. "Isto é ditadura, é perseguição política", ressaltou.

Outro deputado do PT, Paulo Duarte, afirmou que a remoção é possível, mas o Governo deve consultar o servidor do interesse. "Não pode ser feita de forma intempestiva, ditatorial", frisou. "Isto lembra o tempo da ditadura, quando não se podia falar nada contra o rei", alertou o petista.

Líder do Governo, o deputado Youssif Domingos (PMDB) afirmou que irá se informar sobre os motivos da transferência, publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado. "Não comungo com perseguições políticas", antecipou.