Os gastos de custeio do governo Lula cresceram 128% em seis anos, três vezes a inflação do período (41,8%, segundo o IPC-A). Essas despesas incluem o custo de manutenção da máquina administrativa e outros gastos correntes, como por exemplo, os benefícios previdenciários e o Bolsa Família.
Levantamento realizado no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostra que as despesas de custeio passaram de R$ 141,3 bilhões em 2002 para R$ 322,3 bilhões em 2008. Na comparação com os investimentos (101,7%) e as despesas de pessoal (85,4%), este é o conjunto de gastos que mais cresceu no atual governo.
Em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB), essas despesas representavam 9,5% em 2002 e pularam para 11,1% em 2008. Os benefícios previdenciários têm o maior peso nesse conjunto de despesas. Em seis anos, os gastos do Ministério da Previdência subiram 115% – de R$ 94,1 bilhões para R$ 202,5 bilhões –, turbinados pelos reajustes do salário mínimo acima da inflação e ampliação de benefícios.
A Presidência da República aparece no topo do ranking do aumento dos gastos de custeio. No governo Lula, sua estrutura foi substancialmente ampliada, com a criação e incorporação de cinco secretarias, além da transferência de programas e do controle de algumas áreas consideradas chave, como a centralização dos gastos de publicidade na Secretaria de Comunicação.
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