A presidenta Dilma Rousseff está reunida com líderes da base aliada da Câmara dos Deputados para apresentar as propostas do governo destinadas a reduzir os gastos públicos e aumentar as receitas para 2016, anunciadas ontem (14). A maioria das propostas depende de aprovação do Congresso Nacional e Dilma deve fazer um apelo para que os parlamentares da base se empenhem na aprovação.
Além de um corte de gastos de R$ 26 bilhões, o governo propôs a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para arrecadar cerca de R$ 32 bilhões no Orçamento de 2016. Com as medidas, o Executivo espera chegar a um superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.
Participam da reunião desta manhã os líderes do PSC, Aluísio Mendes; do PDT, André Figueiredo; do PROS, Domingos Neto; do PP, Eduardo da Fonte; do PCdoB, Jandira Feghali; do PMDB, Leonardo Picciani; do PHS, Marcelo Aro; do PR, Marcelo Quintela Lessa; do PSD, Rogério Rosso; os vice-líderes do PT, Ságuas Moraes; e do PTB, Wilson Filho; e o líder do governo na Câmara, José Guimarães. Quatro ministros acompanham Dilma no encontro com os parlamentares: o da Fazenda, Joaquim Levy; o do Planejamento, Nelson Barbosa; o das Comunicações, Ricardo Berzoini; e da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Os líderes entregaram a Dilma um manifesto de apoio ao governo e ao cumprimento de seu mandato até 31 de dezembro de 2018. No documento, assinado por seis partidos, os líderes repudiam as tentativas de encerrar o mandato de Dilma antes desta data e criticam os que apostam "no quanto pior melhor".
"Declaramos nossa absoluta convicção de que o Brasil e sua democracia são muito maiores que as dificuldades econômicas e políticas que enfrentamos, e que o país superará, em breve, todos os entraves à retomada do desenvolvimento econômico e social, preservando e aprofundando o processo democrático do qual todos os brasileiros se orgulham e se beneficiam", diz o texto.
Ontem, Dilma jantou com 16 governadores no Palácio da Alvorada para pedir apoio às propostas. À tarde, a presidenta vai receber líderes da base aliada no Senado para fazer o mesmo apelo.