Adversários na disputa pela Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se enfrentam nesta segunda-feira em debate promovido pela Record, a partir das 23h. No entanto, devem deixar de fora polêmicas que dominaram o noticiário nas últimas semanas.
Coordenadores das duas campanhas ouvidos pela reportagem disseram que a prioridade é fazer o confronto de propostas. A avaliação é que embates baseados em temas como aborto e religião, por exemplo, poderiam "ampliar instabilidades".
Do lado petista, os ataques serão direcionados a promessas de Serra, como o aumento do salário mínimo para R$ 600 e a de colocar dois professores em salas de aula do 1º ano de escolas públicas.
A petista irá retomar a estratégia de usar a gestão de Serra em São Paulo para tentar desmoralizar as propostas do tucano.
Dilma também insistirá no tema da privatização, muito explorado na propaganda eleitoral e em atos políticos. Destacará que há uma disputa entre dois "projetos políticos" diferentes.
Do lado tucano, a orientação é que Serra enfatize propostas para a área social para levar a eleitores de classes mais baixas –que majoritariamente declaram voto em Dilma– propostas como a do 13º do Bolsa Família.
No debate da Record, jornalistas não poderão fazer perguntas aos candidatos. No último encontro de Dilma e Serra, promovido pela Folha e a Rede TV!, foram os questionamentos dos jornalistas que causaram embaraços à petista e ao tucano.