Dilma Rousseff (PT), 62, e José Serra (PSDB), 68, irão disputar o segundo turno da eleição presidencial no dia 31 de outubro.
Com 99,99% dos votos apurados, a petista ficou com 46,90% (47,6 milhões) dos votos válidos e o tucano 32,61% (33,1 milhões).
Marina Silva (PV) teve 19,33% dos votos válidos (19,6 milhões), votação que foi decisiva para o segundo turno.
Serra teve mais votos no São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Roraima. Marina venceu no Distrito Federal. Dilma ganhou nos demais 18 Estados.
O apoio de Marina deve ser decisivo na eleição. Apesar disso, sua tendência é de neutralidade, enquanto o PV deve apoiar o tucano. O Datafolha mostrou na semana passada que 51% dos eleitores da candidata verde se dizem inclinados a votar em Serra no segundo turno.
Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) ficou com 0,87% (886 mil). Os demais somaram 0,28%.
DISCURSOS
Dilma afirmou neste domingo que está confiante na vitória no segundo turno. Segundo a petista, os motivos são a expressiva votação registrada hoje e o desempenho que a base do presidente Lula costuma apresentar nessa outra etapa.
A candidata disse que o PT é acostumado a desafios.
"Somos bastante guerreiros, acostumados a desafios e somos de chegada. Tradicionalmente, a gente tem desempenhado muito bem no segundo turno."
Dilma fez um "agradecimento especial" à militância "aguerrida" do PT e dos dez partidos aliados de sua coligação, mas não citou diretamente o presidente Lula.
Durante a entrevista, a candidata insinuou que a votação da adversária Marina Silva (PV) foi que provocou o segundo turno. No início de sua fala, Dilma cumprimentou seus concorrentes e fez questão de pausar a frase para se referir à candidata verde "pelo desempenho" que teve na eleição. Na coordenação da campanha, a chamada onda verde é apontada como um dos principais motivos da disputa presidencial ter continuidade.