A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (7), durante seu programa semanal de rádio "Café com a Presidenta", que o Brasil defendeu a geração de empregos como uma das respostas para a crise financeira mundial, durante cúpula do G20 realizada semana passada na França.
Na semana passada, ela participou da reunião de líderes das principais economias do mundo. Na sexta (4), Dilma declarou que o Brasil e os demais países dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul), estariam dispostos a contribuir para uma ajuda financeira à Europa se isso for feito por meio do Fundo Monetário Internacional, mas que não havia decisão ainda sobre o volume de recursos que poderiam ser disponibilizados. Ela descartou, no entanto, um repasse direto do Brasil para o fundo de resgate europeu.
No programa de rádio, a presidente classificou a questão do desemprego mundial como "preocupante", ao apontar que 200 milhões de pessoas no mundo estão desocupados, na maioria jovens, mas elogiou a proposta da Organização Intenacional do Trabalho (OIT) de criar um programa de garantia de renda mundial para famílias extremamente pobres.
"O grande desafio para essa crise é o caminho para retomar o crescimento: o caminho do investimento, do consumo e da geração de empregos", afirmou em seu programa semanal.
"Todos concordaram que nós temos de ajudar, fazendo a nossa parte. Ninguém ganha com a crise. Até agora, os países emergentes vêm sustentando o crescimento da economia mundial, eles também reduziram um pouco o seu crescimento, porque foram atingidos por efeitos indiretos. Mas quem sustenta o crescimento mundial são esses países, somos nós"", disse ela.