A presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (17) para Nova York onde participa da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao desembarcar amanhã (18) na cidade, ela pretende apenas descansar e preparar-se para a agenda intensa dos quatro dias seguintes. Pela primeira vez, uma mulher abrirá a sessão da ONU. A presidenta prepara um discurso amplo e incisivo que defenderá a inclusão social e garantias de direitos humanos.
Ao longo da próxima semana, Dilma terá reuniões com cinco presidentes, entre eles, o norte-americano, Barack Obama, e o francês, Nicolas Sarkozy, conversará sobre a crise econômica mundial, os impactos dos conflitos nos países muçulmanos, além de questões sociais envolvendo saúde e combate à pobreza.
Na segunda-feira (19), a presidenta se reúne com Michelle Bachellet, ex-presidenta do Chile e chefe da agência ONU Mulher. Em pauta os esforços conjuntos que podem ser desenvolvidos para incentivar a participação das mulheres em ações políticas e institucionais no mundo.
Também no dia 19, a presidenta participa da reunião sobre doenças crônicas não transmissíveis cujo objetivo é discutir a prevenção e o controle no mundo com foco nos desafios sociais e econômicos.
Nesta reunião, Dilma mostrará as políticas desenvolvidas no Brasil e o que tem sido feito para que a população tenha acesso ao tratamento e cuidados com a saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanha a presidenta no encontro.
Na terça-feira (20), Dilma se reúne com Obama e Sarkozy, além de participar dos debates do grupo denominado Governo Aberto – que engloba 60 países que se comprometem a discutir e executar políticas públicas transparentes.
Nas reuniões com os presidentes norte-americano e francês, Dilma pretende, segundo assessores, conversar sobre temas bilaterais, mas também questões que afetam a comunidade internacional como um todo. A presidenta também tem encontros marcados com os presidentes do México, Felipe Calderón, e da Nigéria, Goodluck Jonathan, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Na quarta-feira (21) o dia será dedicado à abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU. Segundo assessores, Dilma pretende, em seu discurso, mencionar os efeitos da crise econômica internacional, a preocupação com os conflitos nos países muçulmanos, a necessidade de adotar medidas que levem ao desenvolvimento sustentável – lembrando a Conferência Rio+20 que ocorrerá em 2012 no Rio de Janeiro – e a defesa da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na quinta-feira (22) a presidenta retorna para o Brasil. Mas antes conversará sobre uma das principais preocupações da comunidade internacional: a segurança nuclear. As atenções se redobraram depois dos acidentes radioativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, em março deste ano, no Japão. Também no dia 22, Dilma conversará sobre a necessidade de os líderes mundiais se comunicarem antes de tomar decisões e partir para a ação – a denominada diplomacia preventiva.
Dilma viaja para Nova York acompanha pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; da Saúde, Alexandre Padilha; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; do Esporte, Orlando Silva, e da Comunicação da Presidência da República, Helena Chagas.