O ex-ministro José Dirceu comemorou hoje em seu blog o fato do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não ter conseguido superar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na pesquisa de intenção de voto divulgada hoje pela CNT/Sensus. De acordo com a pesquisa, Dilma tem 21,7% das intenções de voto, e Ciro, 17,5%. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera, com 31,8%.
"Presidenciável do seu PSB (se não optar por disputar o governo de São Paulo, para onde transferiu seu título eleitoral), o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ao contrário do que esperavam os corneteiros de ocasião, não passou nossa candidata ao Planalto, ministra Dilma Rousseff", escreveu Dirceu.
Dirceu ainda soma as taxas de intenção de voto em Ciro e em Dilma para dizer que os governistas juntos tem quase 40%.
"Apesar de toda a exposição e espaço conseguidos na mídia exatamente nos dias em que se realizava a pesquisa, Ciro tem 17,5%, o que mostra a força do campo governista: os dois juntos, ele e Dilma (ela com seus 21,7%), a postulante do PT e dos partidos da base governista já tem quase 40% dos votos."
O ex-ministro afirma ainda que a senadora Marina Silva (PV-AC) "continua patinando na casa dos 5,9%".
Alianças
Dirceu diz que maior problema nas alianças do PT está no Rio. Lá, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT) insiste em sair candidato ao governo e enfrentar o atual governador, Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição.
"[…] Não é o caso do Rio, onde a divisão é grande e envolve a disputa da direção do Diretório Regional (DR) e a questão de fazer alianças ou sair com candidatura própria a governador. O impasse, de qualquer modo, será decidido no Encontro Estadual do partido que definirá quem será o(a) candidato(a) ao Palácio Laranjeiras e ao Senado", escreveu ele no blog.
Na análise do ex-ministro, em outros Estados a candidatura própria de partidos aliados não prejudicará o palanque de Dilma.
"Não se pode comparar a situação no Rio com a verificada Bahia ou no Pará, onde o PMDB pode lançar candidatos a governador, mas está determinado a apoiar Dilma. No Rio tanto o governador Sérgio Cabral quanto o seu partido, o PMDB querem a aliança com o PT indicando um(a) candidato(a) ao Senado" disse ele.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que há divergências na montagem dos palanques estaduais. "Eu não tenho mais ilusão quando se trata de disputas locais, por mais que a gente oriente as pessoas de que deve prevalecer é o projeto nacional, normalmente, o que tem acontecido é que cada um olha para o seu umbigo e prevalece as questões dos Estados. O que é importante é que se houver divergências dentro da base aliada nos Estados, isso não seja impeditivo para a ministra Dilma", disse.