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Decreto

Diretores das unidades de ensino serão escolhidos através de processo seletivo

Decreto da Semec estabelece que cargos de diretores serão definidos por processo seletivo

Decreto da Semec estabelece que cargos de diretores serão definidos por processo seletivo - Arquivo
Decreto da Semec estabelece que cargos de diretores serão definidos por processo seletivo - Arquivo

A escolha para a função de diretor e diretor- adjunto das unidades de ensino da Rede Municipal de Três Lagoas acontecerá por meio de processo seletivo, que garantirá a permanência dos aprovados no cargo por três anos, conforme consta em decreto publicado pela prefeitura no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (20). 

A definição de como ocorrerá a escolha dos diretores tem gerado reclamações, já que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinted) de Três Lagoas, defende a eleição direta como o meio mais democrático para o preenchimento desses cargos.

O processo de escolha dos diretos é alvo de polêmica desde 2013 , quando o Ministério Público Estadual moveu uma ação civil pública contra a prefeitura, solicitando o fim das eleições para a escolha dos diretores e adjuntos, pois alega que o ato é inconstitucional.

Em 2015, a Justiça de Três Lagoas acatou o pedido do MP e exigiu que a prefeitura regularizasse os cargos de direção através de nomeações.

Em 2016, em nova decisão, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ/MS) decidiu que o processo de eleições para a escolha dos diretores de escolas e Centros de Educação Infantil, em Três Lagoas, seria legal. 

Em 2020, após resultado das eleições que culminaram em denúncias no Ministério Público, a prefeitura decidiu cancelar o processo eleitoral para a escolha dos diretores de escola.  
Antes dessas decisões, a escolha dos diretores das escolas municipais ocorria por meio de eleições diretas desde a década de 1980, em que participavam pais, alunos e funcionários das unidades escolares. 

Segundo a presidente do Sinted, Maria Diogo, o Sinted reitera que a resolução 002/SEMEC não contempla o anseio dos Trabalhadores da Educação que esperavam que a gestão democrática fosse pelo voto direto e secreto, oportunizando a comunidade escolar o direito de escolha. “Ademais, os administrativos da Rede Municipal não foram contemplados nos critérios definidos pela Secretaria Municipal de Educação. Lembrando que a democracia é um pilar em todas as instâncias políticas e sindicais. Por que não na Educação se é justamente na educação que formamos nossos alunos para a cidadania emancipatória e libertadora”, destacou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação