A candidatura da senadora Simone Tebet (MS) pela legenda do MDB, na disputa pela Presidência do Senado, colocou a ex-prefeita de Três Lagoas em evidência nacional durante duas semanas seguidas, em janeiro, em expôs uma divisão interna do partido no mesmo momento em que diminui sua força política no Congresso Nacional.
Simone disputou a legenda em igualdade de condições, e como a primeira mulher, com o senador Renan Calheiros (AL), que está atualmente em seu quarto mandato e que presidiu a Casa de 2013 a 2017. Não obteve a legenda pela falta de um senador – Jarbas Vasconcelos que faltou à reunião da bancada, na quinta-feira (31) – e pela mudança de voto de Fernando Bezerra, que havia declarado voto a ela. Vasconcelos e Bezerra são de Pernambuco.
Em entrevista concedida a uma rádio paulistana, Simone Tebet disse nesta sexta-feira que o partido saiu dividido na disputa entre ela e Renan. Mesmo assim, não estuda deixar a legenda. "Sair agora [do partido] porque fui derrotada seria oportunismo de minha parte. E por que ir para outra sigla se podemos fazer mudança dentro do partido?. "Não tenho interesse em mudar esse ano, até porque é ano de renovação. O MDB escolhe um novo presidente e uma nova Executiva. Estamos trabalhando nesse processo."
Simone também comentou sua saída da liderança do MDB na última terça-feira (29). “Abri mão para ter liberdade de votar a favor das minhas convicções. Ser líder de uma bancada rachada, que não tem sintonia com o que a gente pensa também não resolve nada. Então renunciei à liderança para poder ter liberdade nesses próximos quatro anos e ajudar o Brasil”,.
A eleição para a Presidência foi suspensa, ontem à noite, após série de desentendimentos sobre o rito da sessão. A eleição está prevista para as 11h de hoje.