O Movimento Vem pra Rua Três Lagoas realiza amanhã nova manifestação em favor do impeachment definitivo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), cuja votação no Senado está marcada para agosto. A manifestação é organizada por 17 entidades de classe, entre elas, as cinco maçonarias de Três Lagoas, Lions e Rotary Clube, Associação Comercial e Industrial, Sindicato do Comércio Varejista, Sindicato Rural e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras.
De acordo com a vice- presidente da Associação Comercial, Gláucia Jaruche, a concentração será às 14h, em frente à igreja Catedral Sagrado Coração de Jesus, a Matriz. Depois, a manifestação segue até a praça senador Ramez Tebet.
Segundo Gláucia, na praça haverá um trio elétrico e representantes de cada entidade terão cinco minutos cada para discurso. “Vamos ter a presença de uma escola de samba, brinquedos infláveis e desfile de carros antigos”, informou.
Os organizadores dizem esperar duas mil pessoas na manifestação.
Segundo a empresária, em Mato Grosso do Sul, além de Três Lagoas, o Movimento Vem Pra Rua – que é nacional – confirmou manifestação em Campo Grande e Dourados. No país, o protesto deve ocorrer em pelo menos 200 cidades.
Além do impeachment, o movimento apoia a Operação Lava Jato e seus agentes, até sua conclusão; a aprovação do projeto 10 Medidas contra a corrupção, já nas mãos de Comissão especial na Câmara dos Deputados; A prisão de todos os políticos corruptos, independentemente de partidos políticos; o fim do foro privilegiado para empresários e políticos, entre outras questões.
O Vem Pra Rua faz questão de ressaltar que é apartidário a favor da democracia, da ética na política e de um Estado eficiente e desinchado. Além disso, destaca que é contra golpe e qualquer tipo de violência. Outros movimentos também confirmaram que vão às ruas neste domingo.
DEFESA
O advogado de Dilma Rousseff, ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entregou nesta quinta-feira (28) as alegações finais da defesa dela à Comissão Especial do Impeachment. O documento tem cerca de 500 páginas e relata de que ela cometeu qualquer tipo de crime que justifique seu afastamento definitivo.
FASE FINAL
Caso a decisão seja a favor da continuidade do processo, Dilma será submetida ao julgamento final pelo Senado. Esse rito, se acontecer, será comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Se o entendimento de 54 senadores, no mínimo, for de que a presidente cometeu crime de responsabilidade, ela será afastada do cargo em definitivo e ficará inelegível para mandatos públicos por oito anos. Se os 54 votos não forem alcançados, a presidente reassume o cargo de imediato. (Ana Cristina Santos)