Veículos de Comunicação

3

Economia tem papel importante na aprovação de Lula e do governo, avalia CNI

Caiu o percentual dos que consideram que o desemprego vai aumentar muito ou aumentar nos próximos seis meses

O cenário econômico voltou a aparecer como item importante de sustentação da avaliação tanto da atuação do governo quanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje (22) o diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marco Antonio Guarita, ao apresentar a pesquisa Ibope, encomendada pela entidade.

“A principal mensagem da pesquisa foi a captura da mudança da percepção da sociedade brasileira sobre a evolução da economia”, afirmou Guarita.

Segundo a pesquisa, caiu o percentual dos que consideram que o desemprego vai aumentar muito ou aumentar nos próximos seis meses. No levantamento de junho, o índice dos que acreditavam que o desemprego iria aumentar muito era de 12% e agora é de 8%. Entre os que consideram que vai aumentar o desemprego, o percentual passou de 41% para 32%. Agora, 30% consideram que não vai mudar nada, contra 24% da pesquisa anterior. Há ainda 24% que acreditam em diminuição do desemprego (contra 20% do levantamento passado) e 1% que espera muita redução no desemprego, o mesmo percentual da pesquisa anterior. Os que não souberam responder chegam a 4%, contra 3% da pesquisa de junho.

Em relação à inflação nos próximos seis meses, para 9% os preços vão aumentar muito, contra 10% da pesquisa de junho. Na avaliação de 36%, a inflação vai aumentar, ante 41% do levantamento anterior. De acordo com a pesquisa, aumentou o percentual daqueles que consideram que nada vai mudar – de 32% para 37%, nesse mesmo intervalo de tempo. Onze por cento afirmaram que a inflação vai diminuir, o mesmo índice da pesquisa anterior, e 1% considera que a inflação cairá muito, sendo que na pesquisa anterior ninguém esperava que isso aconteceria. O percentual daqueles que não souberam responder aumentou de 5%, em junho, para 6%, em setembro. 

A pesquisa também avaliou a expectativa quanto à renda nos próximos seis meses. Para 5% dos entrevistados, a renda própria aumentará muito, contra os 4% observados na pesquisa de junho. Entre os que consideram que a renda vai aumentar, o percentual passou de 31%, em junho, para 33%, neste mês. O índice maior é daqueles que esperam que a renda não vai mudar – agora em 49%, contra 46% do levantamento anterior. Para 8%, a renda própria vai diminuir, ante os 12% observados anteriormente. Não foi alterado o percentual daqueles que consideram que a renda própria diminuirá muito (1%). Na pesquisa divulgada hoje, 4% não souberam responder, contra 6% do levantamento anterior.

A percepção dos entrevistados sobre os efeitos da crise financeira internacional também melhorou. “A população brasileira hoje já tem uma visão mais otimista sobre a capacidade de o país conviver com essa crise internacional e sobre a expressão dos impactos da crise na nossa economia”, disse Guarita.

A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 14 deste mês, com 2.002 eleitores, em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.